Quinta-feira, 5 de Fevereiro de 2009

Richard Dawkins e a Aposta de Pascal

Richard Dawkins balançou o mundo em 2006 quando lançou o livro Deus, um Delírio, um ataque, segundo ele, a toda espécie de crença em qualquer espécie de divindade. Sua facilidade em trabalhar com as palavras, aliadas a seu sarcasmo, torna a leitura do livro bem agradável, conseguindo conduzir o leitor para onde ele quiser.

Uma das críticas contidas em Deus, um Delírio é referente à “Aposta de Pascal”.

Resumidamente, a aposta de Pascal é essa:

- Se você acredita em Deus e estiver certo, será beneficiado com a ida ao paraíso.
- Se você acredita em Deus e estiver errado, não terá perdido nem ganho nada.
- Se você não acredita em Deus e estiver certo, não terá perdido nem ganho nada.
- Se você não acredita em Deus e estiver errado, você será punido.

Dawkins diz que: “Acreditar não é uma coisa que se possa decidir, como se fosse uma questão política. Não é pelo menos uma coisa que eu consiga decidir por vontade própria. Posso decidir ir à igreja e posso decidir recitar a novena, e posso decidir jurar sobre uma pilha de Bíblias que acredito em cada palavra escrita nelas. Mas nada disso pode realmente me fazer acreditar se eu não acreditar. A aposta de Pascal só poderia servir de argumento para uma crença fingida em Deus (...) Você apostaria que Deus valorizaria mais uma crença fingida e desonesta (ou mesmo uma crença honesta) que o ceticismo honesto?” (DAWKINS, Richard. Deus, um delírio. Pag. 146 e 147)

Bem, podemos notar, inicialmente, uma contradição na citação acima de Dawkins. Se as pessoas não podem escolher aquilo que acreditam, seu livro foi o maior desperdício de tempo e recursos. Se “acreditar não é uma coisa que se possa decidir”, como ele espera que as pessoas possam decidir abandonar a fé após ler o seu livro?

Na página 29 de Deus, um Delírio Dawkins diz que: “se este livro funcionar do modo como pretendo, os leitores religiosos que o abrirem serão ateus quando o terminarem”. (DAWKINS, Richard. Deus, um delírio. Pag. 29)

A mudança da fé (acreditar em Deus) para o ateísmo (não acreditar em Deus) consiste em uma decisão. Ou não? Se não, em que consiste? Convencimento pela retórica? Mas, se for, o convencimento pela retórica não dependeria também, no final das contas, de uma decisão do sujeito em acreditar no que ouviu? Por fim, se a mudança da fé para o ateísmo não consiste em uma decisão, porque Dawkins escreveu um livro esperando, com ele, que as pessoas decidissem se tornar ateístas?

É bem razoável aceitar que nós decidimos acreditar no que acreditamos, quando o que se pretende ser acreditado não confronta nossa consciência. Existe um caminho percorrido pela crença até que ela ganhe credibilidade para nossa consciência, mas, ainda assim, a escolha é nossa. Nós decidimos no que acreditamos.

Existem pessoas que não querem acreditar que o homem chegou à lua e, por não quererem, elas simplesmente não acreditam. Por mais que se apresentem documentos, vídeos, fotos e áudios, a barreira epistemológica do “isso não aconteceu” impede que eles mudem de opinião.

Cada pessoa possui suas próprias crenças, suas próprias convicções. Estas crenças e convicções formam nossa cosmovisão – a maneira como enxergamos o cosmos – que funciona como um filtro epistemológico para toda crença que pleiteia se acomodar em nossa consciência.

Rubem Alves, em Filosofia da Ciência, compara o mesmo aspecto que alguns nomeiam como “filtro epistemológico” a uma rede de pegar peixes. As pessoas, segundo Alves, estabelecem as redes de acordo com aquilo que elas desejam pescar, afrouxando ou alargando os intervalos da linha para que peguem os peixes que querem.

As crenças que temos são aquelas que passaram pelo nosso filtro epistemológico, ou, usando o termo de Rubem Alves, aqueles peixes que passaram pela rede que nós construímos. Nós decidimos no que acreditamos porque os filtros epistemológicos ou as redes são criados por nós. Nós estabelecemos os parâmetros para aquilo que consideramos razoável acreditar.

O filósofo Antony Flew foi um dos maiores defensores do ateísmo no século passado, escreveu vários livros endossando e rebatendo o teísmo como “God and Philosophy”, “Darwinian Evolution”, “God, Freedom and Immortality: A Critical Analysis”, “The Presumption of Atheism”, “God: A Critical Inquiry”, “Did Jesus Rise From the Dead? The Resurrection Debate”, “Does God Exist?: A Believer and an Atheist Debate” e “Atheistic Humanism”. Porém, em 2005 ele publicamente assumiu que havia mudado de opinião. Um dos maiores defensores do ateísmo passou a acreditar no Deísmo - Deus como causa primeira de todas as coisas.

Antony Flew passou a vida toda rebatendo os argumentos a favor da existência de Deus, portanto, é bem provável (certeza) que Flew não mudou de opinião, largando o ateísmo para acreditar numa forma de Deus, por ouvir argumentos novos sobre a existência de Deus. Os argumentos que o fizeram mudar de opinião e decidir acreditar em Deus foram os mesmos argumentos que ele buscou refutar ao longo dos 40 anos que escreveu contra a idéia da existência de Deus.

O que Flew fez senão rever seu filtro epistemológico, excluindo a barreira do “a idéia de que Deus existe é completamente absurda”?

A decisão de mudar a forma como ele enxergava o mundo foi de Flew. Ninguém fez isso por ele. A decisão de endurecer ou afrouxar nossos filtros epistemológicos, e conseqüentemente se vamos dar a uma teoria mais ou menos chances de ser aceita por nós mesmos, é unicamente nossa.

Se a mudança da fé para o ateísmo envolve, em última análise, uma decisão de quem muda, uma mudança do ateísmo (não acreditar em Deus) para a fé (acreditar em Deus) também envolve uma decisão. Se Dawkins não quer acreditar em Deus ele JAMAIS irá acreditar. Por maiores que sejam as evidências em favor de algo, se uma pessoa não quiser acreditar em algo, ela não acreditará.

Além dessa contradição (se ninguém pode escolher no que acredita, porque ele escreveu um livro esperando que as pessoas escolhessem desacreditar em Deus?), nota-se que Dawkins não fez uma leitura honesta dos pensamentos de Blaise Pascal.

Dawkins, e aqueles que criticam a “aposta de Pascal”, apontam a aposta como se ela fosse uma argumentação de Pascal para que as pessoas decidissem acreditar em Deus, ou como se Pascal acreditasse em Deus por causa dessa aposta. Ambas as posições são absurdas.

Primeiramente, Pascal nunca publicou um livro. Talvez ele pretendesse fazê-lo e foi impedido por sua morte prematura (aos 39 anos de idade). De qualquer forma, Pascal escrevia seus pensamentos de forma avulsa e despretensiosa. Pascal pensava e repensava consigo mesmo suas crenças e em algumas oportunidades ele colocava no papel seus pensamentos, dúvidas e conclusões. Seus pensamentos foram encontrados apenas após sua morte, sendo ajuntados em um livro, que foi publicado após sua morte, chamado Pensées (Pensamentos).

Pascal, portanto, não escrevia para as pessoas, escrevia para si mesmo. Ele não escreveu sua aposta com a intenção de que uma pessoa passasse a acreditar em Deus por causa dela. Quando alguém trata a aposta de Pascal como um argumento contra o ateísmo, esta pessoa está assinando o atestado de que não leu os pensamentos de Pascal e que fez, portanto, uma análise desonesta de Pascal.

É verdade que alguns cristãos pegam a aposta de Pascal emprestado e argumentam fazendo uso dela, mas esta não era a intenção de Pascal quando escreveu este pensamento. Aliás, poucos são os cristãos que fazem uso da aposta de Pascal em um debate, mas existem. Criticados devem ser esses cristãos que argumentam usando a aposta, não Pascal, que a escreveu sem ter esta intenção.

A aposta de Pascal (pensamento número 233) foi uma maneira de Pascal responder a um interlocutor imaginário que o criticava por ele (Pascal) estar acreditando em Deus mesmo ele (Pascal) sabendo que o conhecimento sobre Deus, sua existência ou inexistência, não pode ser acessado pela razão humana.

Eis o que eu vejo e o que me perturba. Olho para todos os lados, e em toda parte só vejo obscuridade. A natureza nada me oferece que não seja matéria de dúvida e de inquietação”. (PASCAL, pensamento 229)

Incompreensível que Deus exista, e incompreensível que não exista”. (PASCAL, pensamento 230)

Se existe um Deus, ele é infinitamente incompreensível, já que, não possuindo partes nem limites, nada tem em comum conosco. Somos, por conseguinte, incapazes de saber nem o que ele é, nem se ele existe (...) A razão nada pode decidir: há um caos infinito a separar-nos. É uma partida que se joga na extremidade dessa distância infinita, e em que dará cara ou coroa. Que apostareis vós? Pela razão, não podeis fazer nem uma nem outra coisa; pela razão, não podeis defender nenhuma das duas teses”. (PASCAL, pensamento 233)

Pascal então começa a discutir com um interlocutor imaginário, digamos, o ceticismo de sua mente. Este interlocutor criticava Pascal por ter realizado UMA escolha. O interlocutor imaginário tendia para agnosticismo. Pascal então diz então sua aposta. Ele não perderia nada se estivesse errado, mas se tivesse certo ganharia tudo.

Foi assim que a aposta de Pascal foi escrita. Em um diálogo entre Pascal e ele mesmo. Não de Pascal para um ateu quando Pascal tentava converter o pobre ateu. Em outras palavras, Pascal estava dizendo a seu interlocutor imaginário: "Por que devo mudar de opinião e permanecer neutro sem realizar um escolha? Se estiver errado, não perco nada. Se estiver certo, ganho o maior dos tesouros!"

Outra coisa que deve ficar bem claro é que Pascal não acreditava em Deus por causa da aposta. Pascal acreditava em Deus por inúmeras razões que podem ser encontradas ao longo de seus pensamentos. Quer criticar Pascal? Leia-o primeiro, seja honesto. A aposta foi uma maneira que ele encontrou de confortar-se a si mesmo quando o “e se você estiver errado?” vinha até ele.

Para finalizar, muitas pessoas perguntam: “mas e se você estiver errado também e o deus verdadeiro for Baal, e não o Deus cristão?”. Esta pergunta geralmente não leva em consideração que os “deuses diferentes” podem ser apenas “nomes diferentes do mesmo Deus”. Quer ver?

- Allah significa “Deus” em árabe;
- Adonai significa “Senhor” na língua hebraica;
- Viracocha significava “Senhor Criador de Todas as Coisas” na língua dos Incas;
- Thakur Jiu significa “Deus verdadeiro” na língua do povo Santal;
- Magano significa “Criador Onipotente” na língua do povo Gedeo da Etiópia;
- Shang Ti significa “O Senhor do Céu” na língua chinesa;
- Hananim significa “O Grande” na língua coreana;
- Y’wa significa “Deus Supremo” na língua dos Karen, da Birmânia;
- Karai Kassang significa “Deus Criador” na língua dos Kachin, também da Birmânia;
- Gui’sha significa “Criador de Todas as Coisas” para os Lahu, também na Birmânia;
- Siyeh significa “O Deus Verdadeiro” na língua dos Wa, também na Birmânia;
- Deus foi apenas uma estratégia usada por Paulo para pregar o cristianismo aos gregos, aproveitando o nome Zeus.

Enfim, mesmo se assim for, se existir um deus que não seja o deus a quem eu esteja servindo, tanto eu que sou cristão quanto você que for ateu seremos punidos. O ateísmo não te ajudará em nada caso ambos estejamos enganados. Eu serei punido por acreditar em outro deus e você punido por ter afirmado que ele não existe.

A aposta de Pascal não deve ser usada como um argumento a favor da existência de Deus. Pascal não a usou dessa forma e nem os cristãos (exceto uma minoria) a usam em debates como Dawkins parece supor que seja. Também não há motivos para tanto sensacionalismo em cima da aposta de Pascal. Seu pensamento não estava errado. Errado é distorcer o que Pascal disse, criar uma caricatura de Pascal e depois fuzilá-la com sarcasmo, achando-se o dono da verdade.

Dawkins é um mestre em criar um alvo fácil e destruí-lo com muito prazer”. (Francis Collins, diretor do Projeto Genoma Humano)

Por fim, se eu estiver errado, não me preocupo. Não vou ter consciência após a morte para me sentir culpado da mesma forma que você não terá consciência para saber se estava certo. Os ateus não tem nada em que se gloriar, jamais saberão se estavam certos em vida, mas saberão se estiveram errados.

Eliel F. Vieira
elielzadoque@gmail.com

8 Comentários:

Mulheres Imperfeitas . disse...

A maioria das pessoas acredita no que lhes é imposto .
Eu não ! Se acredito em Deus , é pq sei que existe uma força maior que me motiva à isso , não dá pra explicar !
Eu apenas sinto ;
;D

Rozangela disse...

Ótimo texto. E eu sou das que acreditam em Deus. Esse Deus na qual me pego,é piedoso, porém justo, ou seja, no momento que vacilarmos ( isso se refere a quaisquer atos ou pensamentos maus) ele está pronto p/ nos fazer enxergar de alguma forma aonde erramos, daí podermos consertar ou talvez não vir a cometer de novo tal ato ou pensamento.O Deus que acredito está ao nosso redor , pode ser visto e sentido em toda a natureza.
Tem pessoas que frequentaram o Chico Xavier aqui, p/ tentarem a cura de alguma enfermidade e não conseguiram, qd um outro grupo de pessoas conseguiram a cura.
O que tem de diferente nessas pessoas? ( as que conseguiram e as que não conseguiram).Uma coisinha apenas : Fé. Fé num Deus, com quaisquer denominações ou nomes!
Para a cura no nome Dele, é necessário que acredite , independente do nome que vc dê a Ele.
Beijinhos!!
http://cgfilmes.blogspot.com/

Eduardo Vaz disse...

Eliel,,esse texto mostra que vc entendeu bem o que esse dawkins tá querendo..uma vez que se percebe as pressuposiçoes do cara, o resto vira fichinha..ótimo texto

Alexandre disse...

Parabéns caro Eliel. Também sou cristão, li "Deus - Um Delírio" e fiquei abismado com a capacidade quase patológica (rs) de Dawkins distorcer as coisas pra acomodá-las ao seu ponto de vista. O mais engraçado é vê-lo usar uma mera petição de princípio pra provar que Deus não existe. Comprei o livro achando que iria ler uma crítica coerente e bem feita, mas tudo que o livro faz é atacar verborragicamente à religião, sem se comprometer com um estudo aprofundado, sério e honesto dela. Definitivamente, como teólogo, Dawkins é um excelente BIÓLOGO.
Abraços e paz!!!

Daniel disse...

Ola Phileo Sophia, gostei do comentario tinha ouvido falar desse livro recente e gostei do seu comentario, sou uma pessoa que acredita em Deus e que acima de tudo o ama, quando vc questionou acerca de se esta acreditando no Deus verdadeiro ou nao vc deve levar em consideraçao q realmente seu Deus eh o verdadeiro a partir das provas, exemplo: todos nos necessitamos da verdade seja ela de um medico ou de um conjugue ou de um filho etc... e a respeito de religiao, moralidade, existe tambem a verdade absoluta referente a isso e é a partir das provas que chegamos a Jesus Cristo como nosso unico Senhor e Salvador. É fato q se vc juntar as provas eh preciso ter menas fe para acreditalas do que para acreditar em qualquer outra coisa contraria ou ate mesmo nao acreditar. Tambem é certo que ninguem sabe tudo acerca de determinada coisa quanto mais saberemos nós acerca desse Deus infinito que nao nos intervem na nossa crença nos dando o livre arbitrio de acreditarmos ou nao. Nao precisamos saber de tudo, chega a um certo ponto q temos provas suficientes para acreditar e passamos a crer. È isso ai q queria deixar. recomendo o livro :
Norman Geisler & Frank Turek - Não tenho fé suficiente para ser ateu. tenho em doc e se alguem quiser me mande um email para fvcdaniel@hotmail.com
abraço

Gustavo disse...

Cara, gostei do seu texto, também gostei muito do seu blog. Vou passar a frequentá-lo mais vezes.

Concordo parcialmente com você sobre algumas coisas do texto.

Concordo que existem algumas pessoas que se recusam em acreditar em certas coisas (Deus, por exemplo), e concordo com Dawkins que existem algumas outras coisas que não dá pra acreditar se a gente não acreditar.

Pra mim, este não é o ponto principal.

Atualmente, estou lendo o livro de Dawkins, já estou na metade do livro até. Estive pensando como eu responderia sobre esta questão levantada por Dawkins, mas ainda não concluí meu raciocínio.

Estava pensando e, eu começaria explorando a idéia de que: acreditar em Deus é só o começo da vida cristã. Acreditar, em si, é preciso, porém acreditar somente não é suficiente.

Deus não quer que acreditemos nele, somente. Até o Diabo acredita em Deus.

Deus quer que o busquemos, que o conheçamos, que tenhamos comunhão com ele.

Acreditar é só o princípio. Estou pensando em outras coisas mais não dá pra dizer tudo aqui.

Mas você respondeu bem esta questão, rapaz.

Gostei também da idéia do filtro epistemológico, eu não a conhecia, é uma novidade pra mim.

Parabens pelo blog! Vou visitá-lo mais vezes.

Sucesso! Abraço!

Filipe Garcia disse...

Concordo com você em relação a questão epistemológica. Pois, como dizia David Hume, "a razão é serva das paixões."

Há um problema, entretanto, em abraçar a aposta de Pascal. Meu maior problema com argumentos como esse é que, ao serem divulgados, eles geralmente produzem a fé falsa e fingida de que falou Dawkins; ou, ao menos, uma fé profundamente egoísta e interesseira.

A propósito, um problema similar persegue toda proposta engenhosa de "testar a eficácia da oração" ao (por exemplo) orar por certos pacientes em um hospital e deixar os outros pacientes sem oração, e ver qual dos grupos se recupera. Orações feitas neste espírito não são orações de modo algum, e é necessária uma ingenuidade singular para imaginar que a Onisciência Divina seria tão facilmente enganada. Não é difícil perceber que o mesmo acontece a aposta que gera uma fé que não fé de modo algum. haha!

Glauber Ataide disse...

Foi muito bom o texto frisar que a aposta de Pascal é dirigida àqueles que, como Pascal, já acreditam em Deus.

No livro "Philosophy of religion - a reader and guide (General Editor: William Lane Craig)", Ian Hacking, no artigo intitulado "The logic of Pascal's wager" (p. 23) afirma que esse argumento é sem nenhuma validade como apologética hoje, e que Pascal dirigia seu argumento para os seus companheiros de fé (ele sabia isso, assim como os seus editores).

O mais interessante no seu argumento é o uso das probabilidades (Pascal era matemático).

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