sábado, 2 de maio de 2009

Sobre os Homossexuais

Muito tem se falado ultimamente sobre os homossexuais. Os evangélicos estão mordidos de raiva pelas supostas “concessões” que a Justiça Brasileira tem dado a estas pessoas. Hoje não se pode mais julgar um homossexual como “diferente” de maneira alguma e isto inclui não poder dizer em púlpito que eles são pecadores e que vão queimar no inferno. Como conseqüência destas últimas decisões judiciais, muitos pastores têm sido “perseguidos” – alguns já abandonaram o Brasil para não serem presos – e os evangélicos enxergam todo este panorama de limitação e perseguição como sinal de que a “Grande Tribulação” está se aproximando.

Bem, antes de começar a dizer minhas opiniões neste texto devo fazer algumas considerações. A primeira é que não considero o homossexual uma pessoa com menos moral do que um heterossexual. Não é intrínseca ao homossexualismo a promiscuidade moral.

Para meus propósitos neste texto, podemos dividir o mal em duas formas: (1) o mal que a pessoa comete contra si mesma e (2) o mal que ela comete contra os outros.

É lugar-comum aceitar que uma pessoa que age de forma maléfica contra o próximo é muito “pior” do que a que pratica mal contra si mesma. Por exemplo: duas pessoas têm o costume de beber. Uma delas mora sozinha e prefere beber extravagantemente em sua casa assistindo algum jogo de futebol e fazendo sujeira pela casa; outra bebe menos, socialmente, mas gosta de ir de carro ao “Bar do Toninho” para beber. Qual destas duas pessoas é mais incorreta moralmente?

A resposta – acredito que você pensou como eu – é que o segundo cidadão é o mais imoral, pois seu ato causa perigo à sociedade uma vez que dirige embriagado quando volta para casa. O outro cidadão, mesmo bebendo muito mais que o segundo, está prejudicando apenas a si mesmo com sua bebedeira.

O ato homossexual em si não é imoral, no sentido de que não traz prejuízo algum às demais pessoas como um seqüestro, um assalto, um assassinato ou uma mentira. Eu considero que os atos cometidos contra o próximo são distorções morais muito maiores do que os atos que uma pessoa comete contra si mesma. Questiono até se os atos que a pessoa comete contra si mesma (como o suicídio ou o ato de fumar) devam ser considerados “distorções morais” uma vez que, quem age, age com liberdade e consciência do que está fazendo. A Liberdade que nos foi instituída e garantida pelo próprio Deus.

Hoje tenho 23 anos e já conheci cerca de uma dúzia de homossexuais ao longo da minha vida. Em nenhum deles eu vi algo que poderia denominar como “imoralidade”. Pelo contrário, todas são pessoas honestas, trabalhadoras, estudiosas e que possuem um razoável conhecimento sobre política, direito e até religião. Por serem perseguidos desde o berço com rejeições na família e no período escolar, os homossexuais não possuem outra pessoa a quem amar além delas mesmas. Sendo assim, são pessoas que prezam pela ética porque qualquer deslize que cometam (um roubo de balas, por exemplo) será condenado com uma intensidade muito maior do que se o roubo tivesse sido cometido por uma pessoa heterossexual.

Em minha opinião os pastores que retiram dinheiro dos fiéis para bancar luxo pessoal, ou os cristãos que traem seu conjugue, ou os políticos que usam a máquina pública para se perpetuarem no poder, agem de forma muito mais imoral do que uma pessoa que decide se relacionar afetivamente com uma pessoa do mesmo sexo.

Esta é minha opinião.

Se o homossexualismo é um pecado, ele é, digamos, um pecado muito menor do que o pecado do roubo, do assassinato, do falso testemunho, do orgulho ou da luxuria, pois todos estes causam males às pessoas próximas, e o homossexualismo, a priori, não.

Acontece que na igreja podem “ministrar louvor” os mentirosos, os orgulhosos (isto é o que mais tem) e os consumistas extravagantes, mas de maneira alguma, sob hipótese alguma, um homossexual pode. Os evangélicos adoram falar que não existe “pecadinho ou pecadão”, mas eles são os que mais fazem distinção entre pecados. Para não ser hipócrita, sendo eu mesmo um evangélico, reconheço que até eu erro em meus julgamentos usando uma escala de “pecadinho e pecadão”.

Portanto temos hoje o seguinte quadro: a lei brasileira proíbe que se fale contra o homossexual e contra o homossexualismo em quaisquer hipóteses. Antes de dizer qual deva ser a posição da igreja em relação ao homossexualismo, devo deixar claro que eu endosso e aprovo a intenção desta lei. Quantos jovens já não se mataram por terem sido rejeitados por uma sociedade preconceituosa? Temos que admitir que somos muito preconceituosos. Eu mesmo confesso que ainda estou trabalhando para me libertar de preconceitos que ainda tenho.

Estava observando os dados de uma pesquisa esta semana. Ela mostrava que apenas 32% da população brasileira votaria em um candidato homossexual, independente dele ter uma boa plataforma de campanha e boas propostas.

Querendo ou não, assumindo ou não, somos uma sociedade preconceituosa e os homossexuais são um dos grupos mais afetados pelos nossos conceitos (ou pré-conceitos). O projeto de lei, que tem causado pavor nos evangélicos, apenas garante aos homossexuais os direitos que estavam sendo roubados deles por causa de nosso preconceito. Todo homossexual tem direito a trabalhar; todo homossexual tem o direito de ir e vir; e os locais públicos, são públicos também aos homossexuais. Eles pagam os mesmo impostos que nós pagamos.

Se você for evangélico, provavelmente estará aqui com mil pedras para tacar mim, com o seguinte argumento: “Mas temos que conscientizá-los sobre os erros deles, denunciar a promiscuidade sexual que impera no mundo que jaz do maligno e devemos ser também submissos à Bíblia, mais do que submissos ao Estado”.

Pois bem, vamos mudar agora a esfera da questão. Até então mostrei porque não devemos considerar os homossexuais como pessoas mais imorais do que os heterossexuais, uma vez que os homossexuais – se estão causando algum mal – estão causando apenas a si próprios.

Primeiramente, devo corrigir um erro grave no questionamento do meu evangélico imaginário acima. Não devemos ser submissos à Bíblia e sim a Deus. Os evangélicos possuem certa idolatria à Bíblia, o que é pecado. Alguns praticam até alguma espécie de bibliomancia: abrem a bíblia em algum lugar aleatório e lêem o primeiro versículo que aparecer. Não duvido que Deus fale a nós desta maneira em alguns momentos, o próprio Santo Agostinho (teólogo mais influente de toda a história da Igreja) veio a se converter assim, porém, condicionar nossa vida cristã a está pratica é algo absurdo. Tem crente que para saber se deve ou não ir ao cinema vai fazer uma “consulta” na Bíblia pelo método de bibliomancia – é verdade, não estou mentido, conheço pessoas assim.

A Bíblia foi escrita em contextos diferentes dos atuais. Se formos nos basear no que está escrito literalmente na Bíblia, não devemos apenas repudiar os homossexuais, mas matá-los (Levítico 20:13). A Bíblia, bem dizia algum de meus professores de seminário, não foi psicografada pelo Espírito Santo, mas inspirada. Existem muito resquícios humanos (inclusive preconceito) nos escritos da Bíblia. Ou você acha que Deus realmente quer que matemos os homossexuais?

Vamos voltar ao questionamento do evangélico imaginário (que pode ser você). Devemos, de acordo com este evangélico, denunciar e conscientizar os homossexuais de seu pecado. Vejo aqui um erro muito grave e muito comum entre os cristãos. O erro de se achar no direito de apontar o dedo sobre o erro alheio.

Para início de conversa, os cristãos em geral não são pessoas aptas a apontar o erro para criticar os homossexuais, uma vez que os cristãos são tão pecadores quanto os eles. Devemos retirar as travas de nossos olhos antes de reparar no cismo do olho de nosso irmão (Mateus 7:3). Foi em nações cristãs que a pornografia surgiu (e os países que mais acessam pornografia na internet são as nações com maior número de cristãos). São as nações cristãs que oprimiram e ainda oprimem os países asiáticos, africanos e latino-americanos. Lembro de ter lido um testemunho de um missionário cristão britânico que foi à Índia e, pregando para o povo, ouviu a seguinte réplica de um indiano: “Vocês cristãos amam a Deus? Mas vocês oprimem nossa terra e escravizam nosso povo...”.

Não somos dignos de apontar os erros dos homossexuais porque somos tão pecadores quanto eles. Nosso mestre Jesus disse que devemos ser totalmente puros para poder julgar os outros - sabendo que jamais seremos puros aqui na Terra -, exatamente porque Ele abomina os julgamentos. Assim penso.

Quem convence o homem do pecado e do erro é o Espírito Santo (João 16:8), não nós. Ao julgarmos alguém, dizendo que este alguém vai para o inferno por causa de seus atos, estamos tomando para nós mesmos os papeis de Deus, de Jesus e do Espírito Santo. De Deus porque já estamos antecipando um julgamento que só ocorrerá no final de todo o mundo; de Jesus porque afirmamos sermos nós – Igreja Evangélica – os portadores da Salvação, título que cabe unicamente a Jesus; e estamos tomando o papel do Espírito Santo porque nos achamos no direito de apontar os erros das pessoas, como se nossas palavras pudessem convencê-los de seus erros.

Minha namorada recentemente me perguntou algo como (em relação aos homossexuais): “Mas e aí, em sua opinião, o que devemos fazer? Devemos ficar calados?”. Pelo tamanho deste texto você deve ter percebido que esta não é uma resposta simples de se dar. Por isso gosto de escrever, ninguém me interrompe e consigo expor todos os pontos de forma objetiva e sistemática.

O que faremos então em relação aos homossexuais?

Primeiramente (e talvez unicamente) devemos amá-los. Jesus resumiu toda lei e toda vida cristã em dois ensinamentos apenas: amar a Deus de todo coração e amar ao nosso próximo como amamos a nós mesmos (Mateus 22:34–40).

Como a nós mesmos.

Pense: como você gostaria de ser confrontado acerca de um erro que você tem cometido?

Opção A: Com julgamentos? Com ameaças de fogo do inferno? Com a rejeição de sua família, amigos e sociedade?

Opção B: Com amor? Com conversa? Com alguém para te ouvir? Com um ombro para se apoiar? Com um abraço? Com uma mão estendida para todas as vezes que você errar?

A maneira como você deseja ser confrontado pelo seu erro deve ser a maneira como você deve confrontar uma pessoa que está errando. Este talvez seja o princípio bíblico mais valioso que existe: amor ao próximo. Devemos amar as pessoas como amamos a nós mesmos, valorizá-los da mesma forma que desejamos ser valorizados. Os evangélicos odeiam estar na capa dos jornais e nos noticiários de TV quando algum podre é descoberto pela mídia. Da mesma forma, acredito, os homossexuais se sentem quando são esculhambados nos cultos e nos programas de TV daqueles pastores de terno e cabelos brilhantes.

Tudo aquilo, portanto, que quereis que os homens vos façam, fazei-o vós a eles” (Mateus 7:12)

Respondendo à pergunta de minha namorada, devemos pregar o evangelho a todos com amor. Falar de Jesus, do perdão aos pecados, da Graça que nos é dada de graça e da certeza de salvação. Não é preciso fazer menção a pratica homossexual para pregar o evangelho. Eu mesmo não precisei dizer que os homossexuais estão pecando ao escrever um texto com minhas considerações sobre o homossexualismo. E nem vou dizer. Não sou digno de julgar os homossexuais, porque tenho consciência que sou mais pecador que eles, uma vez que, sendo conhecedor do Evangelho, não dou o exemplo que deveria dar e não sou a pessoa que deveria ser.

Para terminar este texto, vou citar aqui um pensamento de Caio Fábio, um dos pastores a quem eu mais admiro:

Alguém pode imaginar Jesus mobilizando o povo para uma campanha anti-gay ou pró-gay? Alguém consegue ver Jesus mobilizando seus apóstolos a se tornarem militantes em favor ou contra qualquer das duas causas?

Alguém acha que o título que os pitbuls do tempo e da religião deram a Ele [chamando-o acusativamente de “amigo dos pecadores”] excluía seu acolhimento a pecadores sexuais – fossem eles heterossexuais, homossexuais, ou simpatizantes, como era comum num mundo dominado pelos pervertidos romanos?

Alguém consegue ver Jesus agredindo um gay com palavras ou sugerindo leis que as coibissem?
[...] Alguém viu Jesus ser duro ou implacável com algum grupo nos evangelhos além do dos religiosos hipócritas? Alguém crê de coração que Jesus caminharia à frente de marchas em favor ou contra qualquer coisa?

[...] Alguém viu Jesus se ocupar de qualquer coisa que não fossem aquelas que matam a alma, como ódio, mentira, falsidade, hipocrisia, fanfarrice, manipulação da fé, riquezas idolatradas, soberba e juízos perversos?. (Fonte)

Termino o texto com estas palavras. Se você, homossexual, está o lendo, saiba que a dois mil anos atrás o Logos de Deus, abandonou o “ser Deus”, nasceu em carne, suportou todas as dificuldades que passamos por nossa limitação, sofreu rejeição, foi traído e, por fim, foi condenado e morreu injustamente. Alguns teólogos dizem que Jesus fez tudo isto para conhecer “na pele” as dificuldades que passamos na vida, tal grande foi seu amor por nós. Jesus foi rejeitado, ele sabe muito bem o que vocês passam.

Deus te ama tanto que Ele veio em Terra sentir o que você sente, para anunciar a você que Seus braços estão estendidos para abraçar vocês e os receber.

Esta é a mensagem do Evangelho. Qualquer coisa que vier além desta simples mensagem, o Espírito Santo vai te mostrar, amorosamente, como uma mãe ensina o filho o caminho pelo qual o filho deve seguir.

Qualquer dúvida, mandem-me um email.


Eliel Vieira
eliel@elielvieira.org

Creative Commons License
DESCONSTRUINDO por Eliel Vieira está licenciado sob Creative Commons Attribution.


5 comentários:

INDICOESSE 3 de Maio de 2009 09:04  

O texto é muito longo mais vale a pena!
Aproveita e passe no meu blog pra conhecer!
http://www.indicoesse.blogspot.com
quem sabe gosta do joguinho lá

Browser Games 15 de Setembro de 2009 14:45  

Prezado Eliel,

Você acredita que Deus revelou seus desígnos e mandamentos através da Bíblia? Sendo cristão acredito que sim.

Se sim não devemos pregar o envagelho e mostrar a Graça de Deus para os seres humanos?

Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
Mateus
28:19

Você concorda que para ser salvo a pessoas tem que aceitar Jesus como Senhor e Salvador? Não basta aceitá-lo como Salvador e menosprezar seus ensinos e mandamentos?

Você no texto: http://www.elielvieira.org/2009/06/duvida-um-pecado.html Deixa claro que devemos nos atentar para comportamentos errados que são praticados pelas pessoas. Realmente não devemos condenar ninguem, mas a bíblia em várias passagens afirma que devemos mostrar sim quando a pessoa vive em pecado, o que a bíblia condena é o julgamento hipócrita.

Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão. Mateus 7:5

Eu e você somos pecadores? Sim. Vivemos o pecado nas nossas vidas intecionalmente sem ao menos tentar evita-los? Eu não vivo assim, e acredito que você também não. Não é porque somos pecadores que não podemos falar sobre o pecado que as pessoas cometem, o que não podemos fazer é condenar as pessoas.

Devemos abominar o pecado mas amar o pecador, ou seja, não devemos criticar e condenar o comportamento homossexual mas devemos mostrar o pecado em que vivem e mostrar a Graça de Deus para que saiam da vida de rebeldia contra Deus e sejam novas criaturas.

Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus.
1 Coríntios
6:10

E, semelhantemente, também os homens, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, homens com homens, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro.
Romanos 1:27

Meu amigo de 3 anos e meu primo são homossexuais, sempre que tenho uma oportunidade tento traze-los para os braços de Deus para que entreguem suas vidas a Jesus e sejam novas criaturas, que larguem essa vida de pecado e rebeldia contra Deus, tenham uma vida com sentido e felizes e a vida eterna. Guardar a boa-nova só para min e não mostrar para eles isso sim é errado e abominável, pois estou facilitando sua perdição, afastamento de Deus e consequentemente vida eterna de sofrimento.

Saber disso e não mostrar para as pessoas é que é o que de mais errado e anti-cristão você pode fazer.

Eduardo Vaz 29 de Outubro de 2009 09:29  

Eliel
Existe uma grande questão em jogo aqui: so o imoral está errado? Existe uma moral em alguns tribos onde o certo é o pai transar com a filha, e lá isso é sim uma questão típica da moralidade dessa tribo.. Do ponto de vista bíblico , a pratica homosexual está errada aos padrões originais criados por DEUSe é sob essa perspectiva que devemos nos nortear, digo os cristãos. Nunca ouvi, nem nas piores igrejas cristas que já fui ( e fui em quase todas ) uma apalavra dizendo que o adultero estava certo, e muito menos que o mentiroso estava.Todas as pessoas que praticavam essas coisas eram merecedoras do castigo eterno.Pois bem, uma coisa é um pastor ser um hipócrita, ou seja, falar e não viver o que se fala. Outra coisa é a palavra e suas definições de alguns princípios básicos da fé.
Discordo de vc caro Eliel, pq vc usa dos erros pastorais para justificar uma pratica condenável pela bíblia Rm 1 :26 , e assim me soa fazendo vista grossa ao texto claro das escrituras. Penso sim, que qualquer igreja deveria proclamar as boas novas do evangelho, condenando o pecado e não a pessoa em si que cometeu tal ato...Á pessoa da-se amor, já ao pecado se abandona e muda , seria a máxima da metanoia aclamada por Paulo..
Penso também que o pecado agride antes de tudo Deus, que diz não a qualquer pratica dessas, e pensar na moral como algo que agride pessoas é não ver a demanda do evangelho como algo que vem de DEUS até nós..Sendo cristo SENHOR é ele que manda e não nós..sendo ele dono da fabrica ele determina as regras e não eu... que tenhamos amor e respeito a qualquer um, seja ele, gay, ladrão, idolatra ou estuprador , mas não venhamos dizer que tais praticas são normais e morais...

Rodrigo 17 de Novembro de 2009 19:27  

Será que as pessoas pensam que a Bíblia foi escrita em português, na tradução que por acaso chegou até a elas, sem precisar saber se traduções de termos variaram ao longo da história, e ainda por cima, em anexo, um comentário hermenêutico do jeito que receberam do pastor que lhes "fez o chamado"?

E como podem ter a pecha de reclamar de lugares que perseguem ou marginalizam cristãos? Ora, os que assim fazem acreditam estar fazendo um bem para sua sociedade, seu deus, seu povo, sua moralidade.
Então, a questão é simplesmente de troca de poder: "nós" podemos, "os outros" não?
Que fé é essa?
Se desse o poder pra esse povo, não teríamos não era "o Brasil pra Jesus" (sic), mas a reconstrução do sul estadunidense da época das bruxas de Salém.

informadordeopiniao 20 de Novembro de 2009 15:37  

Queria pedir permissão, Eliel, para compartilhar um texto em que tento discutir esta questão também de forma equilibrada, abstraindo-me dos chavões que circundam nosso meio, e apresentando links úteis:
"Repúdio à Homofobia"
http://defideorthodoxa-informadordeopiniao.blogspot.com/2009/06/repudio-homofobia.html

e parabéns por mais uma vez ousar pôr o dedo na ferida onde muita gente pensa com as entranhas e confunde embotamento com contundência.

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