terça-feira, 28 de abril de 2009

Resenha: Cristianismo com a Cara do Brasil – Reinaldo Rocha

Sempre preferi os livros grandes aos pequenos. Gosto de ler um livro de 800 páginas ao longo de meses, lendo poucas páginas por semana e, paralelamente, um livro menor, de 300 a 400 páginas sempre fica na minha mochila.

Mas livros pequenos e fininhos nunca chamaram minha atenção. Por puro preconceito, sempre achei que livros que não atingem X páginas não são completos, ou, se são, o tema ali abordado é demais supérfluo por se encerrar em tão poucas páginas.

Cristianismo com a Cara do Brasil é fininho, 103 páginas incluindo a Bibliografia, Notas, Glossário e Sumário. Este livro, porém, cativou minha atenção logo de cara quando o vi. Uma capa muito bonita e colorida com as cores vivas de nossa bandeira. Peguei-o da prateleira e vi, na parte detrás do livro, uma mensagem de Ricardo Gondim, pastor que admiro muito, endossando o conteúdo escrito. Os motivos foram suficientes para me convencer. Decidi levar o livro.

Sempre me interessei em ler sobre aspectos culturais brasileiros e sempre me entristeci por ver a Igreja Evangélica idolatrando costumes e métodos americanos a despeito do nosso jeito tupiniquim de ser. As músicas de João Alexandre e do Grupo Logos são um oasis em meio ao deserto de falta de criatividade e amor cultural que a Igreja Evangélica possui. Porém, nunca tinha visto um livro que valorizasse a cultura nacional como Cristianismo com a Cara do Brasil.

O autor, Reinaldo Rocha, expõe suas preocupações acerca da pobre relação existente entre a fé cristã e a cultura brasileira. Uma pobreza que, segundo o autor, tem afastado vários de nossos conterrâneos do Evangelho por causa do preconceito.

Com um jeito simples e irreverente de escrever (ele escreveu de forma bem brasileira), o autor aponta possíveis soluções, tomando cuidado para suas sugestões não soarem como regras, afinal, o jeito brasileiro de ser exige a espontaneidade. O autor não perde de vista, a despeito de sua irreverência, a seriedade que o tema abordado demanda e não deixa nenhum de seus argumentos imune de citações bíblicas.

É um livro interessantíssimo que recomendo a todos cristãos brazucas. Garanto a você que este livro irá mudar seus conceitos.


Eliel Vieira
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segunda-feira, 27 de abril de 2009

Falsas Dicotomias Evangélicas

“Dicotomia” é um método de classificação que postula apenas duas opções de “escolha” para dado problema / questão.

Por exemplo, ou uma pessoa está viva, ou ela está morta. Não existe um ser semivivo, ou semimorto. Quando uma mãe está esperando um filho, ou será menino ou menina, não existe um 3º sexo distinto destes dois (apesar de que a criança pode nascer hermafrodita, mas são casos extremamente raros).

Os dois exemplos acima representam dicotomias, apenas duas hipóteses possíveis para dada questão.

“Falsas Dicotomias” são casos em que, para dada questão, postulam-se apenas duas opções (geralmente dois extremos), quando, na verdade existe uma ou mais opções que não foram consideradas.

Veja um exemplo: "Marcos está atrasado para o trabalho. Ou seu carro quebrou, ou dormiu demais. Ligamos para ele e não estava em casa, então seu carro deve ter quebrado."

No exemplo acima, uma dicotomia foi postulada para explicar a razão pela qual Marcos se atrasou para o trabalho. Porém, podemos observar claramente, que várias outras possíveis razões para o atraso de Marcos não foram consideradas: Marcos poderia estar agarrado no trânsito, ele poderia ter levado sua mãe para tomar uma injeção para gripe, ele pode ter sido seqüestrado, ele pode até estar morto. Enfim, existem inúmeras razões pelas quais Marcos possa ter se atrasado para o trabalho, mas, estabeleceu-se de forma equivocada uma dicotomia (ou seu carro quebrou ou ele dormiu demais).

A “Falsa Dicotomia” é uma non-sequitur, uma falácia lógica. Uma maneira equivocada de se obter a verdade sobre um problema qualquer. “Falsa Dicotomia” também é chamada de “Falso Dilema”, “Pensamento Preto e Branco”, ou “Falsa Bifurcação”.

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Várias falsas dicotomias são pregadas na Igreja Evangélica (sim, generalizei, se a igreja onde você freqüenta não faz uso de falsas dicotomias, dê glória a Deus, pois isso é muito raro), todo final de semana praticamente eu escuto falsas dicotomias na igreja onde eu freqüento.

Ou você é de Deus, ou você é do Diabo
Ou o que você faz é obra de Deus, ou é obra de Satanás
Ou você anda no Espírito, ou está nas Trevas
Ou você da ‘boa noite’ para Deus, ou diz ‘boa noite’ para o Diabo
Ou a música louva a Deus, ou ela louva a Lúcifer
Ou você vive uma vida absolutamente sem pecado, ou você vai queimar no fogo do Inferno

Tenho comentado com minha namorada: evangélicos adoram falar sobre coisas “tenebrosas”. Termos como “Diabo”, “Satanás”, “trevas”, “obra demoníaca”, “Inferno”, “Condenação” e “batalha espiritual” são muito mais mencionados nos cultos do que “Graça”, “Arrependimento”, “Perdão” e “Amor ao Próximo”. São tantos termos que Jesus relevou – ou, se mencionou, mencionou poucas vezes e em contextos específicos – e que a Igreja adora citar e mencionar. Não fico um final de semana sem ouvir os termos “inferno”, “Diabo” ou “trevas”. As menções sobre “batalha espiritual” – endossado pelo sensacionalismo barato de escritores com parafusos a menos como Benny Hinn e Rebecca Brown – me irritam muito também.

E aí são pregadas as falsas dicotomias. Certa vez, em uma reunião de Domingo na igreja em que freqüento, a pessoa que dava o estudo sobre “Gálatas 5” disse algo como “o que não é obra do Espírito é obra da Carne. Não existe meio termo. Ou você está fazendo algo de Deus, ou você está fazendo algo das trevas”.

Neste exato momento, perguntei para minha namorada em seu ouvido: “e mascar chicletes, é obra satânica?”.

Permita-me trabalhar melhor este conceito aqui. É óbvio que mascar chicletes não é “Obra do Espírito”. Os chicletes não foram criados por Deus para o louvor da Sua Glória. Ninguém masca chicletes com o intuito de “adorar a Deus” ou com o objetivo de “propagar a mensagem do Evangelho”. Mascamos chicletes simplesmente porque gostamos. É docinho; se for de menta ele deixa o hálito refrescante; se estivermos apreensivos ou preocupados, mascar um chiclete ajuda a relaxar; enfim, existem n móvitos pelos quais gostamos de mascar chicletes, mas nunca ouvi alguém fazer qualquer menção a Deus como causa pela qual está mascando chicletes.

Existem, portanto, ações, atitudes ou atos que não são “Obras do Espírito”, mas que também não devem ser consideradas “obras da carne”. São ações simplesmente naturais do ser humano. Como meu amigo Glauber disse em um de seus brilhantes textos:

O nosso evangélico afirma que tudo o que fazemos deve ser feito "para a honra e glória de Deus". Assim, ele segue seu raciocínio e nos ataca: "Você vai honrar e glorificar o nome do Senhor em um bar ou danceteria? Você está indo lá para pregar o evangelho? Essa música que você está ouvindo louva o nome de Deus? Olha, pode até não ser errado, irmão, mas devemos evitar."

Bem, realmente não vamos a uma festa para honrar e louvar o nome de Deus, e é verdade que muitas músicas que ouvimos também não o fazem. Na verdade, muitas músicas não falam absolutamente nada sobre Deus. Nem contra e nem a favor. Mas será que tudo o que fazemos deve ser para honrar e louvar o nome de Deus? Será que tudo mesmo?

Então eu faço as seguintes perguntas: Alguém faz sexo pensando em Deus? Alguém em pleno ato sexual levanta as mãos pro céu e faz uma oração? Ainda uma outra pergunta: Alguém vai ao banheiro pensando em Deus? Alguém chega "diante do trono" (desculpem o trocadilho inevitável) e ora: "Deus, esta obra é para o Seu louvor"?

Sim, fui um pouco extremista em meus exemplos. Mas isso foi intencional, pois o que eu quero deixar claro é o seguinte: nem tudo o que fazemos, o fazemos para Deus. Há muitas coisas que fazemos simplesmente porque somos deste mundo, sim senhor(a). É impossível e desnecessário suprimir a nossa humanidade, da qual o próprio Jesus se revestiu.
(Fonte).


Ao escrever este presente texto, me veio à mente que o livro “Cânticos de Salomão” não tem objetivo algum de louvar a Deus, em nenhuma instância. O livro é uma carta de amor escrita por um homem à sua amada. Salomão usa até termos um tanto “calientes” ao se referir à sua amada, como referências às pernas e os seios dela. Apesar de a igreja interpretar os cânticos como uma alegoria ao fato de a Igreja ser a noiva de Cristo (interpretação que eu considero absolutamente equivocada), é impossível escapar do fato de que esta carta foi concebida por um homem com o objetivo de agradar à sua amada, não a Deus.

Perguntem a qualquer judeu – eles são uma autoridade muito maior para comentar sobre o Velho Testamento do que eu – e ele lhes dirá que os Cânticos de Salomão são poemas de amor, apenas.

O livro de Ester, também, não faz qualquer menção a Deus e todo o seu livro.

Até na Bíblia, portanto, nem tudo é feito para a glória de Deus.

Lembro que um professor de seminário, Marcos Cunha, hoje pastor da Igreja Batista do Tirol em Varginha, quando questionado sobre o “poder” ouvir músicas seculares, respondeu assim:

– Eu escuto sim. Adoro “14 bis”. Isso nunca atrapalhou minha fé. Imagina você indo para a lua de mel com sua esposa ouvindo “Castelo Forte é o nosso Deus...”?!

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Existem atos, ações e atitudes que não fazemos visando louvar a Deus, mas que também não são “obras de satanás”. Existem ações que são naturais, humanas, próprias a nós, seres humanos. Se existem tal classificação de ações – as ações naturais – esta dicotomia pregada pelos evangélicos é falsa.

Sabendo que as boa parte das dicotomias são falsas (existem algumas dicotomias verdadeiras), ouvi-las todo final de semana, irrita muito e enche o saco.

Você – líder, pastor ou pregador – evite pregar por dicotomias, ou pense muito bem antes de usá-las. A mente do seu rebanho agradece.


Eliel Vieira
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sexta-feira, 24 de abril de 2009

Desconstruindo

Este blog surgiu a cerca de dois anos (este texto foi escrito em Abril de 2009) e, desde que ele surgiu, tenho buscado encontrar um título que desse identidade ao blog e aos textos que nele fossem postados.

O primeiro título que coloquei foi “Eliel’s blog”, que não me agradou, por ser demais simplório e por não trazer uma identidade ao blog.

Posteriormente, batizei-o de “Soli Deo Gloriae”, expressão latina que significa “Apenas a Glória de Deus”, porém, este nome também não me agradou. Olhando pelo prisma cristão, sim, este blog é para a Glória de Deus, porém, como pode ser evidenciado na enquete no final na página deste blog, nem todos que visitam meu blog são cristãos. Pelo fato de escrever textos relacionados ao ateísmo, recebo muitas visitas de ateus e agnósticos, além de pessoas de outras religiões. O “Soli Deo Gloriae” espantava visitantes que possuiam algum pre-conceito em relação a Deus, ou à religiosidade. Coloquei este nome mais como um “tapa-buraco” provisório, até que pensasse em um nome adequado para batizar o blog.

A seguir fiz mais uma tentativa, como estava lendo muitos livros e artigos relacionados à Filosofia, mudei o nome do blog para “Phileo Sophia”, modo como o nome "Filosofia" é concebido em sua língua original, o grego. Meu blog, porém, nem sempre apresenta textos filosóficos. Escrevo sobre Teologia, sobre interpretações que tenho de passagens bíblicas, em alguns casos sobre política, me arrisco a fazer Poesia às vezes, etc. Enfim, o nome “Phileo Sophia” me limitava de alguma forma.

Hoje, quase dois anos após seu lançamento, meu blog tem um nome. Permita-me explicar como cheguei à concepção deste nome:

Correndo os olhos sobre os textos que produzi nos últimos dois anos, percebi que todos eles sempre tentaram desconstruir algo. Alguns (a grande maioria) tentaram desconstruir a hipocrisia religiosa presente na igreja evangélica; outros desconstruir a pretensão ateísta de apreensão da verdade; outros desconstruir padrões, posturas, meios, métodos, objetivos, fins, enfim, todos meus textos sempre buscaram desconstruir algum aspecto sobre aquilo sobre o qual eu estava escrevendo.

Percebi também, porém, que todos meus textos sempre tentaram construir algo. Paradoxalmente, meus textos sempre foram construtivos e desconstrutivos. Construtivos em alguns aspectos e desconstrutivos em outros. Esta é a principal característica dos textos deste blog.

Resolvi batizar este blog, portanto, de “DESCONSTRUINDO”, pois para crescer, precisamos sempre nos desconstruir.

A conjugação verbal de “DESCONSTRUINDO”, no gerúndio, aponta que o processo de desconstruir está em andamento (e sempre estará). “A felicidade não é um lugar a se chegar, mas uma estada a se seguir”, disse certa vez o pensador russo Fiodor Dostoievski. Tomo a liberdade de estender a conclusão de Dostoievski para outros objetivos que buscamos em vida: Perfeição, Vitória, Amor, Conhecimento... Nenhumas destas coisas são objetivos a se encontrar, mas estradas a se seguir. Caminhando. Desconstruindo...

Se você for cristão e estiver reclamando mentalmente do título deste blog, porque se deve dar preferência à construção – pois a Bíblia de fala que nos devemos buscar a “Edificação” – eu concordo com você. Mas só conseguiremos edificarmo-nos, desconstruindo-nos primeiro. Jesus também apresenta paradoxos sobre os objetivos a serem alcançados. Quem preservar sua vida a perderá, mas o que a perder sua vida por causa dEle a achará (Lc 9:24). Da mesma forma, aquele quiser ser maior no reino dos céus, deve desejar sempre ser o menor, humilde como as crianças (Mt 18).

O nome “DESCONSTRUINDO” também me deixa livre. Ao contrário de “Soli Deo Gloriae” que me limitava a escrever textos cristãos ou “Phileo Sophia” que me limitava à Filosofia, “DESCONSTRUINDO” me deixa livre para escrever sobre o que eu quiser: religião, filosofia, teologia, política, economia, cultura, esportes, filmes, CDs, livros, etc.

Deus não nos deu asas. Deu-nos o pensamento. Voamos nas asas do pensamento. (...) Assim, tudo aquilo que proíbe o vôo do pensamento é contrário ao nosso destino. A questão não é pensar certo ou errado Afinal, quem sabe o que é certo e o que é errado? A questão é simplesmente pensar. Sem pensamento livre a alma está engaiolada” (Rubem Alves em Dogmatismo & Tolerância)

E assim vamos... vivendo, pensando e desconstruindo.

Eliel Vieira
Abril de 2009

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quarta-feira, 22 de abril de 2009

Resenha: O Problema do Sofrimento – C. S. Lewis

C.S. Lewis é considerado por muitos como o mais influente escritor cristão do século XX. Os temas de suas obras variam da apologética cristã (como Cristianismo Puro e Simples) à escritos infantis (como os sete volumes das Crônicas de Narnia).

Em O Problema do Sofrimento, Lewis usa todo seu poder de persuasão para solucionar o suposto paradoxo existente entre a existência do mal na humanidade e a existência de um Deus bondoso. Se Deus é onipotente, não poderia Ele acabar com o Mal no mundo? E se Ele é Bom, Ele não ia querer que o Mal acabasse? Estas perguntas são tão velhas quanto a própria crença em Deus e muitos têm escrito sobre elas.

A argumentação de Lewis é direta e provocadora. Destaco as abordagens que o autor fez sobre a Onipotência de Deus, o mal na humanidade e a queda do homem no Éden. As analogias usadas são perfeitas e facilitam muito a compreensão dos pontos argumentados pelo autor.

É um ótimo livro para quem está envolvido em debates “cristãos vs ateus” e será de grande valia para você caso estas dúvidas estejam em sua mente.


Eliel F. Vieira
eliel@elielvieira.org


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quarta-feira, 15 de abril de 2009

Resenha: Alma Sobrevivente – Philip Yancey

Datas de aniversário são sempre prazerosas. Mais prazerosas ainda quando somos presenteados com livros. E este prazer se torna perfeitamente bom quando somos presenteados com livros excelentes como “Alma Sobrevivente”, de Philip Yancey – obrigado Camila, você acertou em cheio!

Sobre a qualidade do autor nem é necessário comentar. Yancey é profundo e simples; explorador e pragmático; direto e indireto. Seus livros instigam nossa inteligência a observar aspectos tão óbvios que antes não havíamos percebido. Não raramente pensamos “Puxa! Isso é tão óbvio, mas nunca havia percebido!” quando lemos suas obras.

O autor escreve muito sobre a dor e o sofrimento e em “Alma Sobrevivente” Yancey “ataca” aquilo que causou muita dor a ele: a Igreja Evangélica. Porém, seu ataque nada teve de ofensas ou apontamento de erros grossos cometidos por pastores. Sua crítica foi magistral: Philip Yancey apresentou em seu livro seus mentores espirituais, as pessoas que o influenciaram a ser o que ele é hoje.

Diferentemente de nós que apresentamos todas as qualidades de uma pessoa e ocultamos seus defeitos quando queremos elogiá-la, Yancey apresenta todos os defeitos de seus mentores: um pastor negro que nutria simpatias pelo hinduísmo e que tinha uma fraqueza com mulheres; um padre que sofria para frear seus desejos homossexuais; um escritor russo que escrevia seus livros rapidamente para conseguir dinheiro para pagar as dívidas que ele contraía pelo vício do jogo; um hindu que observou o cristininso, pensou se convinha se tornar cristão e no final das contas não quis; fumantes; pessoas que tinham problemas familiares; solitárias, etc.

Com exceção de Martin Luther King, Gandhi e Dostoievski, nenhum dos nomes dos mentores de Yancey me era familiar. Isso de certa forma me desanimou quando peguei o livro para lê-lo pela primeira vez. Mas, a cada página, os personagens anônimos me encantavam. Me identifiquei com muitos deles e, após a leitura de “Alma Sobrevivente”, uma wish-list com cerca de 10 livros escritos pelos mentores de Yancey surgiu.

Não há explicação sobre o título do livro. Como foi dito, Yancey não ataca a Igreja de forma direta em nenhuma parte do livro. Alguns erros ou equívocos cometidos por pastores ou por cristãos são citados, mas ataque mesmo não vemos nenhum. Talvez Yancey quisesse que nós refletíssemos sobre os exemplos dados, sobre nossos mentores, sobre a situação da Igreja, sobre nossa vida pessoal e, após toda esta reflexão, chegássemos a nossa própria conclusão.

É um excelente livro, sem dúvidas. Muito recomendado a aqueles que já não suportam os modismos evangélicos (como eu), bem como para quem ama a igreja evangélica como ela está.

Eliel F. Vieira
eliel@elielvieira.org


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