Teologia dos Três Porquinhos
Todos já devem ter ouvido a história dos três porquinhos e o Lobo Mau. É um dos contos infantis mais populares e é bastante instrutivo. Para quem nunca ouviu, ou não se lembra, o conto narra a história de três porquinhos que se chamavam Prático, Heitor e Cícero.
Quando chegou o tempo determinado, cada um deles saiu para construir sua própria casa. Cícero, o mais preguiçoso, não queria se cansar e construiu uma cabana de palha. Heitor decidiu construir uma cabana de madeira, pois não dava muito trabalho e parecia ser mais segura que uma casa de palha. Prático optou por construir uma casa melhor estruturada, com cimento e tijolos.
Prático decidiu investir na sua segurança e por isso sua casa demorou mais tempo para ser construída. Ele era obrigado a ver seus irmãos se divertindo enquanto se esforçava para terminar o trabalho.
Prático advertia os seus irmãos porquinhos:
_ Irmãos, uma casa de palha ou madeira não é segura! Vocês não sabem o que pode acontecer no futuro...
_ Não! Se construirmos uma casa de tijolos não vamos ter tempo para brincar – os irmãos porquinhos retrucavam.
Prático investiu tempo e dedicação para construir uma casa segura. Cícero e Heitor desperdiçaram seu tempo brincando.
Certo dia um Lobo psicopata apareceu na região procurando porquinhos para comer. Cada um dos porquinhos correu para sua própria casa para se proteger.
O Lobo Mau destruiu as casas de palha e madeira facilmente com seu sopro forte. Cícero e Heitor correram para casa de Prático. O Lobo Mau soprou com toda sua força mas não conseguiu derrubar a casa de Prático pois a casa de Prático era bem estruturada, feita de tijolos e cimento.
Cícero e Heitor aprenderam a lição e por fim todos os três porquinhos cantaram “Quem tem medo do Lobo Mau, Lobo Mau, Lobo Mau” e riram da cara do Lobo!
Podemos tirar muitas lições de fé com a história dos três porquinhos. Hoje podemos encontrar os três tipos de crentes: os cíceros, os heitores e os práticos. Os cíceros - a grande maioria dos crentes - são aqueles que têm preguiça de investir na sua fé, não buscam o conhecimento e o crescimento e que preferem levar a vida na brincadeira sem se preocupar com o amanhã.
Os heitores - uma grande parte dos crentes - são aqueles que até acham importante investir na fé, no conhecimento, mas que, no fim, não investem o tempo e a dedicação suficiente para ficarem seguros.
Mas também existem os práticos, eles são uma pequena minoria. Os práticos são aqueles que investem no aprendizado e no conhecimento. Eles investem tempo e dedicação para que a fé deles seja inabalável. Os práticos geralmente não são muito bem vistos pelos cíceros e os heitores. Mesmo sendo todos eles irmãos, os cíceros e os heitores acham que os práticos estão perdendo tempo construindo uma estrutura sólida para a fé.
A conseqüência é que os cíceros e os heitores são muito vulneráveis aos ataques do mundo e sua fé é sempre derrubada pelos ventos de doutrina. Ouvimos muitos casos de cristãos que abandonaram a fé quando ingressaram na faculdade. Isso acontece porque essas pessoas agiram como cíceros e heitores. Eles não investiram tempo e dedicação na construção e edificação da fé, logo, ao primeiro sopro do Lobo Mau, caíram.
Os crentes mais vulneráveis são os que menos investem na edificação da fé e os que mais desperdiçam tempo brincando de ser crente.
Será que hoje podemos abrir o peito e cantar para o mundo: “Quem tem medo do mundo, do mundo, do mundo...”? Não, não mesmo! A Igreja hoje em dia tem medo das descobertas da Ciência, têm medo de Filosofia, têm medo de ter sua fé confrontada, têm medo até de ler a Bíblia com espírito investigador.
Mas devemos estar atentos. O Lobo Mau está vagando ao nosso derredor e todos os dias tenta nos derrubar. Se nossa casa (fé) for fraca, um dia ela cede.
Portanto, sejamos mais práticos. Vamos transformar nossa fé de palha em fé de tijolos, com cimento, alicerce e estrutura. Pois se a Igreja permanecer como está, um dia ela se tornará apenas um conto de fadas. Um simples “era uma vez...”.
Eliel Vieira
eliel@elielvieira.org
DESCONSTRUINDO por Eliel Vieira está licenciado sob Creative Commons Attribution.
Quando chegou o tempo determinado, cada um deles saiu para construir sua própria casa. Cícero, o mais preguiçoso, não queria se cansar e construiu uma cabana de palha. Heitor decidiu construir uma cabana de madeira, pois não dava muito trabalho e parecia ser mais segura que uma casa de palha. Prático optou por construir uma casa melhor estruturada, com cimento e tijolos.
Prático decidiu investir na sua segurança e por isso sua casa demorou mais tempo para ser construída. Ele era obrigado a ver seus irmãos se divertindo enquanto se esforçava para terminar o trabalho.
Prático advertia os seus irmãos porquinhos:
_ Irmãos, uma casa de palha ou madeira não é segura! Vocês não sabem o que pode acontecer no futuro...
_ Não! Se construirmos uma casa de tijolos não vamos ter tempo para brincar – os irmãos porquinhos retrucavam.
Prático investiu tempo e dedicação para construir uma casa segura. Cícero e Heitor desperdiçaram seu tempo brincando.
Certo dia um Lobo psicopata apareceu na região procurando porquinhos para comer. Cada um dos porquinhos correu para sua própria casa para se proteger.
O Lobo Mau destruiu as casas de palha e madeira facilmente com seu sopro forte. Cícero e Heitor correram para casa de Prático. O Lobo Mau soprou com toda sua força mas não conseguiu derrubar a casa de Prático pois a casa de Prático era bem estruturada, feita de tijolos e cimento.
Cícero e Heitor aprenderam a lição e por fim todos os três porquinhos cantaram “Quem tem medo do Lobo Mau, Lobo Mau, Lobo Mau” e riram da cara do Lobo!
Podemos tirar muitas lições de fé com a história dos três porquinhos. Hoje podemos encontrar os três tipos de crentes: os cíceros, os heitores e os práticos. Os cíceros - a grande maioria dos crentes - são aqueles que têm preguiça de investir na sua fé, não buscam o conhecimento e o crescimento e que preferem levar a vida na brincadeira sem se preocupar com o amanhã.
Os heitores - uma grande parte dos crentes - são aqueles que até acham importante investir na fé, no conhecimento, mas que, no fim, não investem o tempo e a dedicação suficiente para ficarem seguros.
Mas também existem os práticos, eles são uma pequena minoria. Os práticos são aqueles que investem no aprendizado e no conhecimento. Eles investem tempo e dedicação para que a fé deles seja inabalável. Os práticos geralmente não são muito bem vistos pelos cíceros e os heitores. Mesmo sendo todos eles irmãos, os cíceros e os heitores acham que os práticos estão perdendo tempo construindo uma estrutura sólida para a fé.
A conseqüência é que os cíceros e os heitores são muito vulneráveis aos ataques do mundo e sua fé é sempre derrubada pelos ventos de doutrina. Ouvimos muitos casos de cristãos que abandonaram a fé quando ingressaram na faculdade. Isso acontece porque essas pessoas agiram como cíceros e heitores. Eles não investiram tempo e dedicação na construção e edificação da fé, logo, ao primeiro sopro do Lobo Mau, caíram.
Os crentes mais vulneráveis são os que menos investem na edificação da fé e os que mais desperdiçam tempo brincando de ser crente.
Será que hoje podemos abrir o peito e cantar para o mundo: “Quem tem medo do mundo, do mundo, do mundo...”? Não, não mesmo! A Igreja hoje em dia tem medo das descobertas da Ciência, têm medo de Filosofia, têm medo de ter sua fé confrontada, têm medo até de ler a Bíblia com espírito investigador.
Mas devemos estar atentos. O Lobo Mau está vagando ao nosso derredor e todos os dias tenta nos derrubar. Se nossa casa (fé) for fraca, um dia ela cede.
Portanto, sejamos mais práticos. Vamos transformar nossa fé de palha em fé de tijolos, com cimento, alicerce e estrutura. Pois se a Igreja permanecer como está, um dia ela se tornará apenas um conto de fadas. Um simples “era uma vez...”.
Eliel Vieira
eliel@elielvieira.org
DESCONSTRUINDO por Eliel Vieira está licenciado sob Creative Commons Attribution.
Continue a leitura...
