quinta-feira, 9 de julho de 2009

A Teoria da Evolução é Incompatível com a Fé Cristã?

Um dos pontos mais levantados atualmente no debate sobre a existência de Deus é sobre a narração da criação conforme o Gênesis e as descobertas feitas pela ciência sobre a evolução das espécies. Pretendo neste texto, explorar um pouco sobre esta relação (Evolução x Fé Cristã) e dizer qual é meu ponto de vista sobre a questão.

Mesmo resumindo ao máximo possível o que se tinha a escrever, o texto ainda ficou um pouco longo. Certamente, porém, o texto não está cansativo. Se os debates concernentes à origem do universo e da vida te interessam, garanto-lhe que a leitura será a você bastante agradável.

Antes de prosseguir, contudo, preciso deixar uma coisa bem clara aos ateus e a aqueles que possam questionar o fato de eu usar a Bíblia como fonte confiável de conhecimento. Neste texto vou responder à questão: “A teoria da evolução é incompatível com a fé cristã?” e seria impossível responder a esta questão sem analisar o que a Bíblia – considerada pelos cristãos como manual de fé e prática – diz sobre a origem das coisas existentes. Talvez você, ateu, por achar que a Bíblia é apenas um livro de fábulas, pense ser perda de tempo analisá-la aqui, porém, é impossível dizer se existe uma incoerência entre duas partes (fé cristã e ciência) se não podemos analisar o que uma delas (fé cristã) de fato ensina.

Além de levar em conta o que a Bíblia diz sobre a origem das coisas existentes, é necessário também levar em conta quais são os métodos de interpretação bíblica existentes e qual é o melhor a ser aplicado à passagem de Gênesis.

Os ateus podem retrucar dizendo que deve-se ler as passagens bíblicas de forma literal, como se elas estivessem significando exatamente o que elas tentaram transmitir, porém, apesar de alguns cristãos empregarem este método de interpretação da Bíblia ainda hoje, ao longo da história vários pensadores cristãos foram contrários a ele. Vamos, portanto, primeiramente expor qual é o relato bíblico da origem das coisas existentes e também expor qual deva ser o método de interpretação adequado para interpretar este relato.


O Relato da Origem Segundo a Bíblia


De acordo com o relato de Gênesis, Deus criou os céus e a terra (Gn 1:1) e, depois de seis dias – onde em cada dia Deus trabalhou em algo – tudo veio a existir como conhecemos que é. O planeta Terra, o Sol, a Lua, as estrelas, os animais, as plantas e por fim o ser humano, tudo o que é existente no universo veio a existir em um processo que durou seis dias. Este evento, se interpretarmos a Bíblia literalmente, teria ocorrido a não mais de 8 mil anos atrás. Em resumo, este é o relato da criação conforme o primeiro livro da Bíblia, o Gênesis.

Se interpretarmos esta passagem de forma literal, a conclusão óbvia é de que não existiu nenhum processo de evolução e não apenas as explicações biológicas das origens seriam incompatíveis com a Bíblia, mas também as descobertas cosmológicas que apontam o início do universo para um evento que ocorreu a 14 bilhões de anos atrás.

Se, por outro lado, conseguirmos apontar bons motivos para que não interpretemos esta narração das origens em Gênesis de forma literal, talvez consigamos achar um ponto de convergência entre os relatos da Bíblia e as descobertas da ciência.

Chamam-se de fundamentalistas aqueles que interpretam a descrição do Gênesis de forma absolutamente literal. Especialmente nos países da América (tanto nos Estados Unidos, quanto na América Latina), os que interpretam estas passagens de forma literal são grande maioria entre os cristãos. Diferente do que os fundamentalistas propõem, todavia, existem sim boas razões para desconsiderar o literalismo como melhor forma de interpretar os relatos de Gênesis.

Vejamos um deles: todos nós sabemos que a luz que ilumina nosso planeta provém do Sol. Porém, de acordo com o relato de Gênesis, a luz que ilumina nosso planeta foi criada no primeiro dia da criação (Gn 1:3), porém, o Sol foi criado apenas no quarto dia da criação (Gn 1:14-19). Analisando esta passagem à luz do conhecimento que hoje temos sobre nosso sistema solar, fica bastante difícil interpretar este relato da criação de forma literal.

Posso ainda mencionar outro motivo para desconsiderar que o literalismo deva ser o método usado para interpretar os relatos de Gênesis sobre a origem das coisas existentes: o surgimento do homem e da mulher. De acordo com Gn 1:26-31, homem e mulher foram criados no mesmo dia, no sexto dia da criação. Porém, no segundo capítulo de Gênesis, o autor aponta inúmeras tarefas que aconteceram entre a criação do homem e da mulher, por exemplo:

- Deus criou um jardim no Éden (Gn 2:8)
- Deus plantou várias árvores neste jardim (Gn 2:9)
- Deus instruiu ao homem a como cuidar deste jardim (Gn 2:15)
- Deus deu outras ordenanças ao homem (Gn 2:16-17)
- Deus então percebeu que o homem se sentia só (Gn 2:18)
- Deus então criou todas as feras do campo e as aves do céu (Gn 2:19)
- Deus ordenou ao homem que desse nome a todos os animais existentes (Gn 2:19)
- O homem deu nome a todos os animais existentes (Gn 2:20)
- O homem dormiu (Gn 2:21)

Apenas depois de todas estas coisas acontecerem, Deus fez a mulher (Gn 2:22), porém, no relato do primeiro capítulo de Gênesis (Gn 1:26-31), ambos surgiram no mesmo sexto dia da criação. Certamente Adão não levou apenas algumas horas para dar nome a todos os animais existentes e também Deus não teria motivos para criar todas as árvores que enchiam o Éden como em um passe de mágica (Gn 2:9). Aliás, a própria passagem bíblica diz que as árvores “cresceram do solo” e, até onde eu sei, nenhuma árvore cresce do solo em poucas horas. Anos, talvez décadas, são necessárias para que uma árvore cresça.

Aqueles que interpretam o relato de Gênesis de forma literal, portanto, encontram-se em enorme dificuldade para responder a estas e a várias outras objeções que podem ser levantadas contra a narração literal. Existe, porém, outro método de interpretação bíblica, que é o de acomodação.


O Método de Acomodação na Interpretação Bíblica


De acordo com este método, Deus, na busca de se revelar a criaturas com limitação intelectual, enfrentou praticamente os mesmos problemas que um pai enfrenta ao tentar se comunicar com seus filhos pequenos (MCGRATH, 2005, 308). Certamente, se Deus – ao se revelar a Moisés – tivesse ditado todos os pormenores da teoria do Big Bang e os mínimos detalhes que envolvem a teoria da Evolução das Espécies, Moisés e seu povo não entenderiam absolutamente nada. De acordo com o método acomodação, portanto, ao interpretarmos a Bíblia, devemos levar em consideração a possibilidade de que o que foi escrito não corresponde em 100% com a realidade, uma vez que as narrativas foram escritas por pessoas que possuíam grande limitação intelectual.

Moisés (acredita-se, o escritor dos relatos de Gênesis) não era cosmólogo, muito menos biólogo, Moisés era um profeta. O intuito de Moisés não era dizer como Deus criou todas as coisas, apenas dizer quem foi o criador. Se isto não for levado em consideração ao se interpretar o relato de Gênesis, não vamos lograr êxito algum em nossa interpretação bíblica.

Um dos mais importantes teólogos da história da Igreja, João Calvino, defendeu a acomodação como método mais eficaz de se interpretar a Bíblia. Para Calvino,

Deus acomoda-se à capacidade da mente e do coração do ser humano. Deus manifesta uma imagem que somos capazes de entender. A analogia que ilustra o pensamento de Calvino nessa questão é a de um orador. Os bons oradores conhecem as limitações de sua audiência e adaptam sua maneira de comunicar de acordo com essas limitações. A distância que existe entre o orador e o ouvinte deve ser superada, para que haja comunicação.

Se Deus de fato acomodou a verdade para que a entendêssemos enquanto ainda não tínhamos capacidade intelectual para entendê-la (o que provavelmente aconteceu, uma vez que o método literal de se interpretar o Gênesis se mostra falho em vários pontos), segue-se, à medida que passamos a ter mais conhecimento sobre o Cosmos, devemos acomodar nosso conhecimento com a realidade. Devemos, de acordo com este ponto de vista, levar em consideração tudo o que a ciência tem descoberto e assim relacionarmos nossa fé com a realidade de forma cada vez mais eficaz.

A questão que emerge aqui é a seguinte: o que a ciência tem descoberto?


As Descobertas da Ciência em Relação às Origens


Muitos críticos da teoria da evolução argumentam que ela não passa de uma “teoria” e que, portanto, não devemos considerá-la ainda como uma explicação eficaz sobre o surgimento da vida e da variedade de espécies do universo. Porém, tal crítica repousa sobre um entendimento incorreto dos significados possíveis a “teoria” e à aplicação dela à evolução.

Em algumas situações, “teoria” significa sim “hipótese”, “conjectura” ou “especulação”, porém, não em todos. Em algumas situações, o termo “teoria” é empregado como “descrição detalhada e racional” de algo. Por exemplo, todos aceitam que a existe uma força que atrai todos os corpos para o centro da Terra, porém, mesmo todos reconhecendo e podendo evidenciar a existência desta força, a descrição dela ainda é (e sempre será) chamada de “teoria da gravidade”. Outro exemplo que pode ajudar a elucidar a sua mente quanto a esta aplicação do termo “teoria” é a sentença “teoria musical”. Quando alguém pronuncia esta sentença, ela não está mencionando uma conjectura ou uma hipótese sobre a música e sim algo relacionado ao estudo musical mais profundo.

Portanto, a primeira objeção a priori em relação à teoria da evolução – a de que ela não deveria ser considerada verdade porque ainda é uma “teoria” – é falsa, pois é sustentada sobre uma limitação de nosso idioma. A verdade, para esclarecer de vez, é que: quando os cientistas chamam a teoria da evolução de “teoria”, eles não estão tratando ela como uma possibilidade dentre muitas, antes, estão dizendo que ela é uma descrição detalhada e racional sobre a origem da vida e sua diversidade.

O que a ciência descobriu até o momento?

Existem evidências bem sólidas – não vejo motivos para cansar você, leitor, mencionando-as aqui – de que o universo surgiu a 14 bilhões de anos atrás em um evento batizado de Big Bang. Estudos recentes apontam que o nosso planeta possui 4,55 bilhões de anos de idade, com uma variação de erro de cerca de 1% apenas. As evidências têm apontado também para o fato de que nosso planeta era um lugar praticamente inabitado durante seus primeiros 500 milhões de anos por causa, dentre vários outros motivos, dos constantes ataques de meteoritos e asteróides.

Apenas a cerca de quatro bilhões de anos as primeiras formas de vida microbiana são encontradas em nosso planeta. A origem da vida ainda é um mistério para a ciência e certamente foi um evento de improbabilidade absurdamente alta, o que tem levado alguns estudiosos a aceitarem inclusive a possibilidade que a vida foi plantada em nosso planeta por algum agente extraterrestre.

Pois bem, após os bilhões de anos que se seguiram as espécies foram se mutando conforme as necessidades que elas tinham de se adaptar ao ambiente em que se encontravam. As espécies que não se adaptavam eram extintas, as que se adaptavam, sobreviviam e transmitiam para sua geração seguinte as mutações em seu gene. O primeiro a propor tal mecanismo como explicação para a variedade das espécies existentes foi Charles Darwin, motivo pelo qual a teoria da evolução é também conhecida como darwinismo.

Enfim, de forma bastante resumida, esta é a explicação da ciência para a diversidade de espécies existentes em nosso planeta. Não sou cientista, mas, dando crédito ao que os cientistas têm dito, existem boas razões para acreditar que as espécies de fato evoluíram de um mesmo ancestral comum. Obviamente, se um dia alguém me apresentar um bom motivo pelo qual eu devo duvidar da palavra daqueles que estudam a vida, assim eu farei, mas, na ausência de quaisquer razões que apontem para a idoneidade da ciência e dos cientistas, por que deveria eu agir assim e desconsiderá-los?

Alguns cristãos fundamentalistas afirmam que não se deve confiar nos cientistas porque eles estão – de alguma forma – inventando as descobertas sobre os fósseis e sobre a evolução apenas porque eles são ateus e, se provada a teoria da evolução, Deus não seria mais necessário para explicar a origem da humanidade. Esta acusação é completamente infundada, por várias razões: (1) é possível pensar em Deus mesmo aceitando as conclusões e as descobertas da teoria da evolução (este texto é uma prova disso); (2) mesmo que se prove que Deus não possuiu papel algum no processo de criação do ser humano, ainda assim existiria uma infinidade de questões sobre as quais a ciência não é capaz de dar explicações e que fé explica; e (3) não são apenas os cientistas ateus que afirmam a evolução, cientistas cristãos também.

Veja, por exemplo, as palavras de Francis Collins, cientista diretor do Projeto Genoma Humano e cristão convícto:

Na verdade, para quem, como eu, trabalha com genética, é quase impossível imaginar uma correlação das imensas quantidades de dados surgidos de estudos de genomas sem os fundamentos da teoria de Darwin. Como afirmou Theodosius Dobzhansky, destacado biólogo do século XX (e devoto da Igreja Cristã Ortodoxa do Oriente): “Nada tem sentido na Biologia, exceto à luz da evolução".

Francis Collins não é o único cristão que endossa as descobertas da ciência. Podemos identificar ao longo da história vários cristãos de importância teológica que, não apenas aceitaram as conclusões da ciência, mas que incentivaram seu estudo como forma de se conhecer melhor a Deus a nós mesmos, dentre os quais podemos mencionar Santo Agostinho, que claramente advertia aos cristãos para a necessidade de ter cautela quanto às posições “Deus nas Lacunas”, Blaise Pascal, C. K. Chesterton, C. S. Lewis, entre vários outros.

Neste artigo, o Rev. Caio Fábio - que é um dos mais conhecidos pastores e escritores entre os cristãos brasileiros - fala sobre Darwin, suas descobertas e a relação entre elas e a nossa fé. Caio Fábio diz que se delicia no amor de Deus sempre que assiste documentários sobre a evolução das espécies.


Conclusão


Este texto teve como objetivo principal mostrar que, a priori, não existem incompatibilidades entre a teoria da evolução e a fé cristã. Se reconhecermos que o método de interpretação literal não é o mais adequado para se interpretar o relato da criação de Gênesis, temos boas razões para levar em consideração tudo o que a ciência já descobriu sobre a origem das coisas existentes.

Por fim, se Deus é soberano, que mal existiria se Ele tivesse nos criado através do processo de evolução das espécies. Em que aspecto Deus seria menos criador ou menos soberano se Ele nos criou mediante a evolução progressiva de várias espécies após um longe período de tempo?

Como disse Chesterton:

Se a evolução simplesmente significa que algo positivo chamado macaco transformou-se lentamente em algo positivo chamado homem, então ela é inofensiva para o mais ortodoxo; pois um Deus pessoal poderia muito bem criar coisas de modo lento ou rápido, especialmente se, como no caso do Deus cristão, ele estivesse situado fora do tempo.

Concluo, portanto, dizendo que temos boas razões teológicas para acreditarmos que a teoria da evolução das espécies é compatível com fé cristã bem como com a Bíblia – uma vez que se a interpretemos de forma coerente.

Se você, cristão ou ateu, discorda de minhas conclusões, sintam-se a vontade para escrever-me e apontar seus motivos. Até ver boas razões para mudar de opinião, sinto-me bastante justificado acreditando que as descobertas da ciência e a fé cristã podem muito bem viver em harmonia.


Eliel Vieira

OBRAS CONSULTADAS:

- BÍBLIA SAGRADA. Versão Jerusalém. São Paulo: Paulus, 2002.
- CHESTERTON, C. K. Ortodoxia. São Paulo: Mundo Cristão, 2008.
- COLLINS, Francis. A Linguagem de Deus. São Paulo: Editora Gente, 2007
- MCGRATH, Alister. Teologia Sistemática, Histórica e Filosófica. São Paulo: Shedd, 2005.

Creative Commons License
DESCONSTRUINDO por Eliel Vieira está licenciado sob Creative Commons Attribution.


6 comentários:

Getro 9 de Julho de 2009 19:10  

Eliel, sou um grande admirador das coisas que você escreve, mas fiquei meio triste com esse texto. sou biólogo formado pela universidade federal do rio de janeiro UFRJ. Sou cristão. já tentei acreditar na teoria da evolução. Mas quanto mais leio sobre ela, menos eu acredito. Você leu a ''caixa preta de darwin'' de Michael behe. você deve concordar comigo que a complexidade irredutível trás um grande problema para a teoria da evolução.

quando fiz bioquímica, eu percebi que era muito improvável algo de tão complexidade evoluir a passos lentos.

como você disse, Deus é soberano. mas será que Ele se utilizaria da evolução biológica para criar seus filhos amados? será que para Deus não somos mais importantes que um trilobita? ou um réptil? Quando Deus diz que somos sua imagem e semelhança, eu ganho muitos motivos para acreditar que somos uma criação feita com total dedicação e atenção. não querendo me alongar, quero deixar claro que essa é minha opinião pessoal. Acredito na micro evolução, mas não tenho motivos e nem evidências de que a macro evolução exista.

Um Deus que se preocupa comigo, não me criaria ao acaso na estratégia de tentativa e erro, como é a teoria da evolução.

abraços,

Getro ribeiro

Wesiley 25 de Julho de 2009 15:17  

Igualmente, fico triste com esse texto do Eliel, cuja inteligência, infelizmente, é muito difícil encontrar nos jovens cristãos de hoje.
Mas mesmo não sendo especialista na área de ciências naturais, tenho lido alguma coisa e tenho gostado muito dos artigos da Revista Criacionista da Sociedade Criacionista Brasileira (http://www.scb.org.br/). À medida que leio os textos da RC e de bons livros que a SCB publica, mais vejo que é inconsistente a teoria da macroevolução.
Eliel, você conhece algumas dessas revistas? Se não, posso enviar-lhes algumas em PDF para o seu e-mail que consta no blog (não sou membro dessa sociedade, mas gosto de adquirir o material dela, muito bom por sinal).
Ah, parabéns, Eliel pelos outros textos que você publica!!
Wesiley Monteiro

Eduardo Vaz 27 de Julho de 2009 18:42  

Eliel
Seu texto traz alguma luz, mas nao toda luz..nao responde as indagaçoes teologicas mais profundas, confesso que dessa vez fiquei frustrado, pois sua proposta era das melhores. Ainda nao conheci um escritor cristao eficiente nesse tema. lógico, falando em evoluçao e fé cristã, o maximo que fico é com água na boca...Collins e mcgrath fizeram isso comigo, adoraria tomar uma cerva com os 2 e levantar minhas questoes: como conciliar a queda regsitrada em genesis? como conciliar jesus falando de adao e eva? qual o criterio para antropomortizar parte da biblia?os liberais fizeram isso e se perderam..
mas confesso que por te conhecer, sei que vc nao ficarás calado e proporcionará respostas á algumas dessas questoes..
continue sendo esse jovem inquieto...adoro vc..abraços..seu irmao na fé..edu vaz

Edson Macedo 2 de Outubro de 2009 17:50  

Olá. Então... O texto fala de algo muito interessante, mas não mostra-se claro quanto a muitas questões que envolvem criacionismo e evolucionismo.
Interpretar a semana da Criação de forma alegória carrega em sí vários problemas. Não é necessário conhecer muito o hebraico para entender que Moisés se refere a dias literais na maioria esmagadora das vezes. A expressão ex-nihilo trás a idéia de "trazido do nada" e refuta o evolucionismo abraçado recentemente por católicos e luteranos. Além disso o sábado semanal guardado pela Lei possui 24 horas literais. E a questão da morte e do pecado? A morte é o salário do pecado ou haveria morte antes do pecado de Adão além da vegetal? Como então poderiamos entender que seres complexos morreram antes de Adão vir a existir?
A Bíblia não propõe data para as idades da Terra e do Universo limitando-se a utilizar a expressão 'No Princípio', mas apenas para a sua ornamentação e criação do homem (aproximadamente 6 mil anos). Estudos feitos através do DNA mitocondrial e a antropologia podem nos dar alguns indícios desta realidade.
Além disso é muito importante ser claro quanto a diferenciação entre evolução que é limitada e a mitológica macroevolução que descarta na maioria das vezes a figura de Deus e dá a todos os seres vivos existentes um único ancestral comum.
Mas é fato que a evolução em si não prova a inexistência de Deus e que a descoberta do DNA e da complexidade da célula são mais fortes indícios do Design Inteligente e do Criacionismo.

Eu também gosto muito de Lane Craig, Lewis, Chesterton, D'Souza e outros tão nobres apologistas. Creio que você está neste caminho. Parabéns pelo Blog.

Um abraço, Edson Macedo.

Herbert Monteiro 3 de Novembro de 2009 05:41  

Foi corajoso na escolha do assunto, mas como eu já previa muitos dos seus leitores, entre eles biólogos cristãos, discordam parcial ou inteiramente da teoria evolucionista. O teu ponto de vista, excelente por sinal, ainda assim só serve para maquiar o medo do óbvio: deus é muito improvável e se fosse possível por que seria o deus judaico-cristão?

Eliel Vieira 3 de Novembro de 2009 06:20  

Hebert,

Por que Deus é um ser de existência improvável? Digo, qual foi o caminho lógico seguido por você que te conduziu a esta conclusão?

Abraço!

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