sábado, 14 de junho de 2008

O Tempo

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"O tempo perguntou pro tempo quanto tempo o tempo tem...”. Esta antiga rima popular, cujo final eu não me recordo, encontrava-se em algum lugar remoto da minha consciência quando subitamente veio à tona em minha mente. Decidi então gastar um pouco do meu tempo para refletir sobre um dos assuntos mais complicados de se pensar: o Tempo.

O Tempo é muito estudado na Física. A origem do Tempo está intimamente ligada à origem de todas as coisas existentes, de tal forma que no é impossível estudar o universo sem estudarmos também o Tempo. De acordo com a teoria mais aceita no meio científico atualmente, o Tempo, juntamente com o Espaço e a Matéria, surgiram no Big Bang – uma súbita expansão de um único ponto com densidade e gravidade infinitas – a cerca de 14 bilhões de anos atrás. A partir daqui os filósofos já têm o que especular, afinal, se o Tempo surgiu no Big Bang, o que aconteceu antes deste evento? E como podemos falar de um antes se não havia Tempo anterior ao Big Bang?
Difícil de compreender, eu sei.

Outros ramos da ciência como Biologia e Química, também usam muito o Tempo em seus estudos. É impossível ler um livro de Biologia que não diz que todas as espécies vivas no planeta evoluíram a partir de um mesmo ancestral comum através de um processo de seleção natural ao longo dos últimos cinco bilhões de anos.

A Filosofia e a Teologia também falam muito sobre o Tempo, principalmente ao tratarem do Infinito, do Absoluto, de Deus. O Infinito, o Absoluto ou Deus transcende nosso estado humano de limitação. Para (tentar) explicar de forma mais clara: de acordo com a Teologia o homem está limitado ao Tempo, Espaço e Circunstâncias, diferentemente de Deus que transcende tudo isto, estando além. Infinito, Eterno, Imutável.

Trata-se até de uma coincidência interessante: A ciência afirma que Tempo, Espaço e Matéria surgiram no Big Bang; A Teologia e a Filosofia têm dito ao longo dos séculos que o ser humano está limitado quanto ao Tempo, Espaço e Circunstâncias e que Deus, se existe, está além de todas estas coisas. Uma coincidência interessante uma vez que ciência e fé não têm lá uma relação muito amigável.

Mas voltando ao Tempo, o que ele representa para nós?

Basicamente, tudo. O Tempo, por exemplo, é um Termômetro Comportamental na vida de cada pessoa. Duas pessoas dentro de um mesmo ônibus podem estar tranqüilas ou desesperadas em relação ao mesmo Tempo. Caso a pessoa esteja adiantada (à frente do tempo) em relação a determinado compromisso, sua viagem será tranqüila e calma. Caso contrário, se ela tiver atrasada (atrás do tempo) em relação a um determinado compromisso, até as paradas mais ligeiras do ônibus – como aquelas para pegar passageiros – serão motivos de desespero.

O Tempo também realiza gratuitamente algumas profissões em nossa vida. Ele é o melhor psicólogo que temos. Quem nunca foi aconselhado a deixar o Tempo resolver nossos problemas? “com o tempo você supera...”. É também nosso médico: “machucou? Não se preocupe, antes de casar sara...”. Até os tratamentos médicos convencionais dependem do tempo: “tome este remédio de oito em oito horas...”, “volte aqui dentro de uma semana...”. É nosso professor: “Ou você aprende com seus pais ou aprenderá dolorosamente com dia-a-dia...”. Um juiz: “o tempo há de te recompensar...”.

Apesar de o Tempo ser tão bom para nós, exercendo funções gratuitas, algumas pessoas não são gratas para com ele. Os idosos, por exemplo, reclamam que o tempo passou rápido demais e tentam despistá-lo com cremes para a pele, pomadas, remédios, plásticas, etc.

Outras pessoas tentam se desvencilhar da limitação do Tempo fazendo mais de uma tarefa ao mesmo tempo. Vêem a novela passando as roupas, lêem livros escutando música, pegam ônibus estudando para a prova da faculdade, etc. Isso pode até ser proveitoso em algumas tarefas, mas é perigoso em outras. Corremos o risco de não dar a certa tarefa a devida atenção que ela merece. Quem divide sua atenção entre o livro e a musica, não desfruta nem a história do livro nem a melodia da música em plenitude.

Mas a principal tarefa do Tempo é mostrar nossa fragilidade. O Tempo é o principal indicador da limitação do ser humano e da brevidade de nossa existência. Já dizia o profeta Cazuza: “O Tempo não pára...”. E não pára mesmo. Ainda está fresca em minha memória a imagem de eu garotinho esperneando com meu pai para não me colocar na escolinha (pré-primário). Perder o tempo livre? Deixar de ver os desenhos, brincar de carrinho? Ah não!

Pois é. O Tempo parece ter passado rápido como um foguete e aqui estou eu na Universidade. Daqui pouco tempo eu estarei velhinho e pensando: “puxa! há tão pouco tempo eu era jovem e escrevi um texto sobre o tempo...”. Em relação a isso já nos aconselhava sabiamente o profeta Renato Russo: “É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã...”.

Não apenas o líder da banda Legião Urbana se preocupava com o Tempo. Boa parte das pessoas quando chega aos 40 começa a se queixar dele, algumas vezes, antes disso. Coitado do Tempo. Ele nos ajuda e ainda é acusado injustamente por nossos erros.

Nossos erros? Sim. Veja: Quem é imutável, o homem ou o tempo? O Tempo.

O Tempo não muda, não há mudança nele. Ele mantém a mesma constância, a mesma velocidade, o mesmo peso, a mesma medida e tem realizado sua tarefa com perfeição ao longo dos últimos 14 bilhões de anos. Tudo sem nenhuma margem de mudança. O ser humano é diferente. Cada dia está de um jeito. Um dia gosta de amarelo, no outro de azul. Um dia ama alguém, no outro mata esse mesmo alguém. Um dia discursa no palanque contra a corrupção, no outro é preso por participar do mensalão.

Não é o Tempo que corre mais rápido ou mais devagar, ou é justo ou injusto com pessoas diferentes. Somos nós, seres mutáveis, que tratamos o Tempo de diferentes formas. Alguns o respeitam, outros o negligenciam. Alguns o amam, outros o odeiam. Buscar uma boa relação com o Tempo é fundamental para nossa existência. Devemos ser mais organizados e mais práticos quanto a isto. Conciliar todas nossas tarefas com o Tempo talvez seja um bom começo. O Rei Salomão conseguiu compreender a importância disto: “Para tudo há um ocasião certa; há um tempo certo para cada propósito debaixo do céu.” (Eclesiastes 3:1).

Conciliar o Tempo entre família, estudos, faculdade e outras atividades é difícil, eu sei disso. Mas não custa a nós tentar melhorar, e quem sairá ganhando somos nós próprios. Já o Tempo... ele é imutável. Continuará sempre o mesmo...


Eliel Vieira
eliel@elielvieira.org

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domingo, 8 de junho de 2008

Predestinação e Livre-Arbítrio

Não houve assunto mais debatido na História da Igreja do que a Predestinação dos Santos e, conseqüentemente, se o homem tem ou não papel ativo no processo de Salvação. Então seria pretensão demais eu, apenas um curioso sobre o assunto, encerrar toda essa polêmica em um simples artigo despretensioso como esse. Nesses poucos parágrafos abaixo quero apenas expor um pouco sobre o assunto e chamar a atenção a alguns questionamentos sobre o assunto que me fizeram mudar de opinião.

O primeiro esboço desta discussão começou no século IV entre Agostinho e Pelágio. Já no final do século XVI, Jacó Armínio e discípulos de João Calvino voltaram a debater a questão em torno da Predestinação.

Existem, basicamente, duas formas de pensar sobre a Salvação:

- Monergismo: Apenas Deus age em todo o processo: Ele busca, resgata, justifica, salva e glorifica o homem. E o que o homem tem que fazer? Nada, apenas “relaxa e goza” (Marta Suplicy não tem nada de Teólogo, mas sua pérola encaixa bem na posição monergista). De acordo com o Monergismo, Deus predestina o homem independente do que o homem fizer.
- Sinergismo: Homem e Deus agem mutuamente no processo de Salvação. Deus concede ao homem a Graça e, se o homem responder positivamente a essa Graça, Deus o predestina à Salvação.

Existem as posições mais extremas destas posições. Os lados mais extremos do Monergismo chegam a dizer que Deus predestinou de forma ativa o pecado original de Adão para salvar e condenar quem Ele bem quiser. Nossos pecados, nossos erros, nossos acertos, nossa vida em geral está toda predestinada de acordo com essa posição. O reformador protestante Zuínglio (1484 – 1531) era adepto desse extremismo.

O Sinergismo também tem seus extremos chegando a afirmar que Deus não exerce papel nenhum no processo de Salvação do indivíduo. O homem que quiser, busca e encontra a Salvação quando quiser. Não há Graça ou preferências da parte de Deus. Essa posição mais extrema foi apontada por Pelágio (≈350 – ≈423) e é freqüentemente observada em algumas Igrejas Evangélicas hoje em dia.

Teólogos mais ponderados evitam seguir por esses extremos. O Monergismo extremo elimina a necessidade de sermos pessoas boas, pois, podemos ser mais cruéis que Hitler, mas, caso predestinados, Deus nos salvará. Já o Sinergismo extremo torna o sacrifício de Cristo vão já que, em última análise, todo o esforço para ser ou não salvo depende do homem.

As duas posições extremas podem ser automaticamente descartadas por não serem bíblicas. A Bíblia afirma tanto que não seríamos nada sem o sacrifício de Cristo quanto que o homem é responsável pelos seus atos e que a fonte de Água Viva está aí para quem quiser beber.

O teólogo Russel Norman Champlin, PhD., em seu gigantesco comentário versículo por versículo do Novo Testamento, disse que tanto a Predestinação dos Santos quanto a garantia que todas as pessoas tem acesso livre à Salvação são verdades bíblicas e que não sabia como conciliá-las, tendendo ora para o Monergismo, ora para o Sinergismo. Martinho Lutero também mudou sua posição do Monergismo para o Sinergismo após anos defendendo a Predestinação dos Santos. Lutero chegou a afirmar, por exemplo, que, se o Livre-Arbítrio existe, ele é um pecado e não pode ter sido criado por Deus.

Mas seguindo as posições moderadas sobre a Salvação, podemos traçar alguns caminhos em comum tanto para o Monergismo quanto para o Sinergismo:

- O ser humano jamais conheceria Deus, caso Deus não se identificasse ao homem. (Obs: é importante não levarmos essa posição ao extremo, uma vez que podemos identificar vários filósofos na história que elaboraram seus pensamentos sobre Deus sem necessariamente serem cristãos, alguns pensamentos chegam a ser idênticos ao da cosmovisão cristã).
- O “primeiro passo” foi dado por Deus ao buscar se relacionar com o homem caído.
- Alguns homens responderam positivamente ao chamado a essa relação, outros negativamente. Os que responderam positivamente passam a ser Filhos de Deus.
- O Sacrifício de Cristo é necessário e eficaz para que essa relação aconteça.
- É dada ao homem a obrigação de seguir um padrão moral específico se decidir responder a esse chamado. O não cumprimento de alguns aspectos deste padrão moral implica em Condenação.
- Todos os seres humanos pecam, inclusive os que aceitam relacionar-se com o Criador. Porém, os que responderam positivamente ao chamado de Deus são justificados.
- Deus garantiu a Salvação a seus filhos.

A principal problemática dos pontos acima é: O homem responde ao chamado por ter sido predestinado (Predestinação pela Soberania) ou foi predestinado por responder positivamente ao chamado (Predestinação pela Presciência)?

A discussão aqui é ampla demais. Escreve-se um livro de 500 páginas apenas com interpretações de citações de algumas pessoas que pensaram sobre o assunto. Por alguns anos eu segui a posição calvinista para responder a essa problemática. Os calvinistas justificam que Deus é soberano e não depende de ninguém para tomar suas decisões; que se fosse o contrário, a Salvação dependeria em última análise do fator “livre-arbítrio” e assim a Salvação aconteceria por uma obra do homem; que o homem não poderia tomar uma decisão tão importante espiritualmente antes de ser justificado, etc.

Percebi alguns equívocos na posição dos calvinistas. Ainda estou refletindo sobre eles, mas posso adiantar alguns questionamentos:

- Qualquer pessoa que tenha o mínimo de bom senso usa critérios para tomar decisões e pensa nas conseqüências das mesmas. Apenas pessoas insensatas tomam decisões sem levar nenhum aspecto em consideração. Deus, que é infinitamente mais inteligente que o maior sábio homem e que têm o atributo de ser Onisciente, não tomaria uma decisão sem ter critérios e sem levar em conta as conseqüências desta. O exemplo de Jacó e Esaú (antes de praticarem o bem ou mal, Deus amou Jacó e rejeitou Esaú) não cabe aqui. O “antes de praticaram o bem ou o mal” indica apenas que os atos deles eram irrelevantes ao plano que Deus já havia planejado para Jacó. Deus teve um plano (que era o surgimento de Israel e, vindo dela, o Messias) e Jacó era a pessoa certa de quem Israel iria advir. Talves pela sua personalidade ou pela forma com que seus filhos seriam educados, diferentemente do que seria caso Esaú fosse o pai, etc. Nesse sentido, antes de praticarem bem ou mal (pois isso seria inútil), Deus havia escolhido Jacó para ser o pai das 12 tribos de Israel, pois, de acordo com o plano de Deus, os 12 filhos de Israel (que deram origem as 12 tribos e conseqüentemente à nação de Israel) deveriam ter um pai com a personalidade de Jacó, entre outros aspectos.

- Se Deus quisesse conceder ao ser humano o direito de escolher se quer ou não a Salvação, onde Deus deixaria de ser Soberano? Na verdade, Deus teria sua soberania ferida se Ele não pudesse criar um homem com liberdade de escolha. Quando um calvinista diz que Deus não seria soberano se a escolha dependesse do homem, ele, na verdade, está afirmando que Deus não pode criar um homem assim (pois Deus não pode deixar de ser soberano). Mas, se Deus não pode criar um homem com liberdade de escolha, logo Onipotente Ele não é. Temos uma "sinuca de bico". Se Deus é Onipotente, Ele pode muito bem ter concedido ao homem o livre-arbítrio de escolher se esse quer ou não se relacionar com Ele sem deixar de ser Soberano. Um pai não deixa de ser soberano se ele deixa o filho escolher ser quer torcer pelo Cruzeiro ou Atlético, se quer fazer Medicina ou Direito, se quer ter cabelo curto ou longo, se quer aprender a andar de bicicleta ou a tocar violão. Um pai que obriga o filho a alguma das escolhas acima, não é soberano e sim autoritário.

- Se a teoria da Predestinação pela Presciência for correta a Salvação não está, em última análise, dependendo do homem como afirma os calvinistas. Muito menos a escolha é uma obra do homem conforme a Bíblia trata do termo “obra”. Veja o exemplo: eu sou um milionário e você está atolado em dívidas e sem solução, ofereço a você a quantia de R$100.000 se você disser que quer. Você diz que quer e eu te dou. Acaso o milionário deixou de ser o responsável por você ganhar R$100.000? Ou você foi o fator determinante de ter recebido R$100.000? Ou ainda, você pode afirmar que você conquistou estes R$100.000 pelas suas obras? Se você responder honestamente cada resposta, a resposta será "não". Algum calvinista pode dizer: “Mas no tocante a Salvação e à nossa situação é diferente!”. Claro, estávamos muito mais ferrados do que o pior devedor deste planeta e o presente que Deus nos deu é muito maior que qualquer fortuna deste mundo pode pagar.

- Não necessariamente o homem tem de ser justificado para tomar boas decisões ou praticar boas obras. Ora, os justificados não tomam más decisões até hoje? E não existem não-cristãos que tomam boas decisões hoje em dia? Ghandi fez maravilhas e não era cristão, filósofos ao longo da história não pensaram corretamente sobre Deus sem necessariamente serem cristãos? Não havia um Centurião em Cesaréia chamado Cornélio que era piedoso e temente a Deus antes mesmo de Pedro lá chegar com a mensagem do Evangelho (Atos 10)? Não estou afirmando que o homem pode se achegar a Deus ou pode escolher amar a Deus sem o auxílio da Graça, isso é pelagianismo. A teoria da Predestinação pela Presciência não diz que o homem escolhe servir a Deus sem a Graça. Ela diz que Deus concedeu Graça a todos os homens para que esses escolhessem se queriam ou não receber o presente da Salvação. Os que aceitaram o presente da Salvação foram predestinados por Deus. Os que rejeitaram, rejeitaram porque quiseram assim. Mas houve o auxílio da Graça a ambos os grupos. E, justamente, quem rejeitou será recompensado.

- Justiça implica em compensar bem ao bem e mal ao mal. Condenar pessoas que não tiveram nenhuma escolha sobre a Salvação ou cuja decisão era impossível para elas, não é justo. Você que for pai, pense nesse exemplo: seu filho está na escola. No bimestre são distribuídos 25 pontos e a média para passar são 15 pontos. Nas duas primeiras avaliações valendo 8 pontos seu filho adoece e não pode ir à escola e perde os pontos. Restam 9 pontos a serem distribuídos e aí você lembra ao seu filho: “Como combinamos, se você tirar nota azul nesse bimestre, vou te aquele vídeo game que você tanto quer, se tirar nota vermelha, jamais terá ele e ainda vai tomar umas correiadas”. Qualquer um responderia que o pai estaria agindo injustamente. Por que? Ora, pois o pai puniu o filho que não tinha outra chance a não ser tirar nota vermelha. Na teoria Predestinação pela Soberania, Deus pune eternamente pessoas a quem Ele não deu chances de escolher amá-lo. Aliás, deu sim, mas uma escolha impossível de se fazer sem o auxílio da Graça (que Ele, de acordo com o calvinismo, não concedeu). Mas e se o Pai falasse: “Filho, sei que nosso combinado era que eu te daria o vídeo game apenas se tirasse nota azul, mas reconheço que você não teve a opção nesse bimestre a não ser tirar nota vermelha. Vou reconsiderar sua situação, quer o vídeo game?". Respondendo que sim, o pai deixaria de ser soberano se assim agisse? Deixaria de agir justamente por ter revisto os termos do acordo? Se você responder honestamente cada resposta, a resposta também será "não".

Tenho pensado nessas questões nos últimos meses. Por um lado, a Bíblia contém passagens claras apontando que Deus tem um povo eleito e que a escolha é feita por Deus, não por nós. Por outro, temos o testemunho da própria Bíblia garantindo que todos podem beber da Fonte de Águas Vivas, Jesus, que quer, como diz em Tiago, que todos se salvem. Além disso, tem meu próprio senso pessoal, minha personalidade, meu ego, meu “eu”, que testifica a mim mesmo que sou livre. Posso pensar em abandonar Deus ou posso pensar amá-lo cada dia mais. Não sou Calvinista ou Arminiano. Talvez um Calvinista de 3 pontos? Ou um Arminiano de 2? Está cedo para dizer, tenho que le muito ainda.

Para concluir, eu sei que alguns clavinistas lerão este texto e, com certeza, irão me criticar mas, digo a eles, se a Predestinação pela Soberania aconteceu e, afinal de contas, tudo está destinado a acontecer, logo, eu estou destinado a crer na Predestinação pela Presciência e não tenho liberdade para pensar diferente. Logo, não me critiquem ok!?


Eliel Vieira
eliel@elielvieira.org

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