sexta-feira, 14 de agosto de 2009

[3/8] Existem Evidências Históricas para a Ressurreição de Jesus?

Parte 3 de 8.

--------------------

Dr. Ehrman – Discurso de Abertura

Eu gostaria de agradecer ao Bill por este impressionante discurso de abertura. Tenho ouvido por estes anos que Bill é um talentoso debatedor e orador, e agora eu vejo porque os evangélicos de quem ele fala são tão orgulhosos de suas habilidades.

Em meu discurso de abertura aqui eu não vou lidar com todos os muitos e muitos pontos que Bill levantou. Eu vou, do contrário, explicar meu próprio argumento que, a propósito, não se trata exatamente do argumento que ele disse que eu faria, apesar de que existem alguns pontos em comum. Eu vou expor meu argumento e em meu próximo discurso eu vou mostrar porque, em minha opinião, a posição de Bill é tão problemática.

Eu quero dizer no início alguma coisa parecida com o que ele disse no começo de seu discurso. Eu acreditava absolutamente em tudo o que Bill apresentou aqui. Ele e eu freqüentamos a mesma escola cristã evangélica, Wheaton, onde estas questões são ensinadas. Antes disso eu freqüentei uma escola ainda mais conservadora, o Moody Bible Institute, onde “Bíblia” é nosso nome do meio. Lá aprendemos estas coisas ainda mais avidamente. Eu acreditava nelas com todo meu coração e alma. Preguei sobre estas conclusões e tentei convencer outras pessoas que elas eram verdadeiras. Mas então eu comecei a estudar estas questões, não apenas aceitando o que meus professores diziam, mas olhando profundamente para elas. Eu aprendi grego e comecei a estudar o Novo Testamento em sua língua original, aprendi hebraico para ler o Antigo Testamento, também aprendi latim, sírio, e cóptica para poder estudar os manuscritos e as tradições não-canônicas de Jesus em suas línguas originais. Eu mergulhei no mundo do primeiro século, lendo judeus não-cristãos, textos pagãos anteriores e contemporâneos ao Império Romano, e tentei analisar tudo o que foi escrito por um cristão durante os primeiros três séculos da Igreja. Me tornei um estudioso sobre tempos antigos, e por vinte e cindo anos eu tenho pesquisado nesta área, noite e dia. Eu não sou um filósofo como Bill; eu sou um historiador dedicado a encontrar a verdade histórica. Após anos de estudo, eu finalmente cheguei à conclusão de que tudo no qual eu pensava anteriormente sobre a evidência histórica para a ressurreição estava absolutamente errado.

Vou começar explicando em termos simples o que os historiadores fazem. Historiadores tentam estabelecer com suas capacidades o que provavelmente aconteceu no passado. Nós não podemos saber realmente o que aconteceu no passado porque o passado já passou. Nós achamos que sabemos o que aconteceu em alguns acontecimentos do passado porque temos algumas boas evidências para o que aconteceu, mas em outros casos nós não sabemos, e em alguns casos nós apenas podemos jogar as mãos para o alto, nos entregar e desistir.

É relativamente certo que Bill Clinton venceu a eleição presidencial americana em 1996. Poderá ser de alguma forma menos claro quem venceu a eleição seguinte. É perfeitamente claro que Shakespeare escreveu seus sonetos, mas existe um considerável debate sobre isto. Por que? Isto foi a centenas de anos atrás, e estudiosos surgem com opiniões alternativas. É provável que César atravessou o rio Rubicão, mas nós não temos muitas testemunhas oculares deste fato. Historiadores tentam estabelecer níveis de probabilidade sobre o que aconteceu no passado. Algumas coisas são absolutamente certas, algumas prováveis, outras possíveis, algumas são “talvez”, algumas não são prováveis.

Que tipo de evidências os estudiosos procuram quando tentam estabelecer probabilidades sobre o passado? Bem, o melhor tipo de evidência, claro, consiste de relatos contemporâneos aos eventos; pessoas que viveram próximas ao tempo dos acontecimentos dos eventos. Em última análise, se você não tem uma fonte que se encontra próxima ao tempo de ocorrência dos eventos, então você não tem uma fonte fidedigna. Existem apenas dois tipos de fontes de informações para eventos passados: ou relatos baseados em testemunhas oculares, ou relatos que foram inventados. Estes são os únicos tipos de relatos que você tem do passado – ou coisas que aconteceram ou coisas que foram inventadas. Para determinar que relatos correspondem de fato com o que aconteceu, você necessita de narrativas contemporâneas aos acontecimentos, fontes que estão próximas ao tempo de ocorrência dos eventos, e ajuda se você tiver muitos destes relatos. Quanto mais, melhor! Você precisa de muitos relatos contemporâneos, e você precisa que eles sejam independentes uns dos outros. Não te ajudará nada ter diferentes relatos que sofreram influências uns dos outros; você precisa de relatos que atestam independentemente os resultados. Além disso, mesmo que você precise de relatos independentes uns dos outros, que não foram influenciados por outros relatos, você precisa de relatos que corroboram uns aos outros; relatos que são consistentes com aquilo que eles têm a dizer sobre o assunto em questão. Além de tudo isso, finamente, você necessita de fontes que não sejam tendenciosas acerca do assunto. Você necessita de relatos desinteressados. Você precisa de muitos deles, você precisa que eles sejam independentes uns dos outros, e você ainda precisa que eles sejam consistentes uns com os outros.

O que nós temos sobre os evangelhos do Novo Testamento? Bem, infelizmente não estamos tão abastados quanto gostaríamos de estar. Nós gostaríamos de estar extremamente abastados porque os evangelhos nos contam sobre Jesus, e eles são nossas melhores fontes sobre Jesus. Mas o quão boas estas fontes são? Eu não estou questionando se elas são fontes teológicas válidas para assuntos religiosos. Mas quão boas historicamente elas são? Infelizmente, elas não são tão boas como nós gostaríamos que elas fossem. Os evangelhos foram escritos 35 ou 36 anos após a morte de Jesus – 35 ou 36 anos após sua morte, não por pessoas que foram testemunhas oculares, mas por pessoas que viveram depois. Os evangelhos foram escritos por pessoas altamente letradas, treinadas, fluentes em grego e que viveram em uma segunda ou terceira geração após a morte de Jesus. Eles não foram escritos pelos seguidores de Jesus que falavam aramaico. Eles foram escritos por pessoas que viveram 30, 40, 50, 60 depois. Onde estas pessoas conseguiram suas informações? Devo salientar que os evangelhos afirmam ter sido escritos por Mateus, Marcos, Lucas e João. Mas, isto é apenas em sua Bíblia em português. Estes são os títulos dos evangelhos, mas quem quer que tenha escrito o evangelho de Mateus, não o chamou de Evangelho de Mateus. Quem quer que tenha escrito o evangelho de Mateus simplesmente escreveu este evangelho, e alguém depois disse que ele era o evangelho de acordo com Mateus. Alguém depois está dizendo a você quem o escreveu. Os títulos são adições posteriores. Os evangelhos não são relatos de testemunhas oculares. Então, de onde eles conseguiram suas informações?

Após os dias de Jesus, as pessoas começaram a contar histórias sobre ele a fim de converter outras pessoas à fé. Eles estavam tentando converter judeus e gentios. Como você convence alguém a parar de adorar seu Deus para começar a adorar Jesus? Você precisa contar histórias sobre Jesus. Então você converte uma pessoa a partir daquilo que você diz. Esta pessoa converte outra que converte outra, e ao mesmo tempo as pessoas continuam contando suas histórias.

A maneira como isto funciona é assim: eu sou um negociador em Éfeso e alguém vem à cidade e me conta histórias sobre Jesus; a partir destas histórias, eu me converto. Eu digo à minha mulher estas histórias. Ela se converte. Ela então conta as histórias à nossa vizinha do lado. Ela se converte. A vizinha conta as histórias a seu marido. Ele se converte. Ele viaja a Roma a negócios, e conta a algumas pessoas lá estas histórias. Eles se convertem. Estas pessoas que ouviram as histórias em Roma, onde eles as ouviram? Eles as ouviram de um homem que morava perto de mim. Bem, ele estava lá para ver as coisas acontecendo? Não. De onde ele ouviu as histórias, então? Ele as ouviu de sua mulher. De onde ela as ouviu? Ela estava lá? Não. Ela as ouviu de minha mulher. De onde minha mulher as ouviu? Ela as ouviu de mim. Bem, de onde eu as ouvi? Nem eu mesmo estava lá.

Histórias estão em circulação ano após ano após ano, e em razão disto, as histórias são alteradas. Como sabemos que as histórias foram alteradas no processo de transmissão? Nós sabemos as histórias que foram alteradas quando existem numerosas diferenças em nossos relatos que não podem ser reconciliados uns com os outros. Você não precisa acreditar nisso porque eu estou falando; apenas confira por si mesmo. Eu digo a meus alunos que a razão de nós não percebemos que existem tantas diferenças nos evangelhos é porque nós os lemos verticalmente, isto é, do início ao fim. Você começa ler Marcos, o lê do início ao fim; então você lê Mateus, lê-lo do início ao fim, e Mateus soa muito parecido com Marcos; então você lê Lucas do início ao fim, e Lucas soa muito parecido com Mateus e Marcos; depois você lê João, um pouquinho diferente, mas soa igual com os demais. A razão é porque você os está lendo verticalmente. A maneira de enxergar as diferenças nos evangelhos é lê-los horizontalmente. Leia uma história em Mateus, então a mesma história em Marcos, e compare as duas histórias e veja o que perceberá. Você enxergará grandes diferenças. Apenas pegue o caso da morte de Jesus. Em qual dia Jesus morreu e em qual horário? Ele morreu um dia antes do pão da Páscoa ser comido, como João explicitamente diz, ou ele morreu depois dele ser comido, como Marcos explicitamente diz? Ele morreu ao meio dia, como é dito em João, ou às 9 da manhã, como dito em Marcos? Jesus carregou sua cruz sozinho por todo o caminho ou Simão de Cirene a carregou? Isto depende de qual evangelho você lê. Os dois ladrões zombaram de Jesus na cruz ou apenas um deles zombou dele enquanto o outro o defendeu? Isto depende de qual evangelho você lê. O véu do templo se rasgou ao meio antes de Jesus morrer ou depois? Depende de qual evangelho você lê.

Ou então pegue os relatos sobre a ressurreição. Quem foi à tumba no terceiro dia? Maria foi lá sozinha ou ela foi com outras mulheres? Se Maria foi lá com outras mulheres, quantas outras foram lá, quem eram elas e quais eram seus nomes? A pedra que lacrava o sepulcro rolou antes delas chegarem lá ou não? O que elas viram na tumba? Elas viram um homem, elas viram dois homens, ou elas viram um anjo? Depende do relato que você lê. O que elas disseram aos discípulos? Era para os discípulos permanecerem em Jerusalém e ver Jesus lá ou era para eles saírem e verem Jesus em Galiléia? As mulheres falaram com alguém ou não? Depende do evangelho que você lê. Os discípulos nunca abandonaram Jerusalém ou eles a deixaram imediatamente rumo a Galiléia? Todas as respostas dependem de qual relato você lê.

Você tem os mesmos problemas com todas as fontes e com todos os evangelhos. Eles não são relatos fidedignos. Os autores não foram testemunhas oculares; eles foram cristãos fluentes em grego que viveram 35 a 65 anos após os eventos que eles narraram. Os relatos que eles narraram são baseados em tradições orais que estavam em circulação por décadas. Ano após ano os cristãos tentaram converter as demais pessoas contando histórias sobre Jesus ter ressuscitado da morte. Estes escritores estão contando histórias que os cristãos estão repetindo por todos estes anos. Muitas histórias foram inventadas e a maioria das demais foi alterada. Por esta razão, estes relatos não são tão úteis como nós gostaríamos que eles fossem para propósitos históricos. Eles não são contemporâneos aos acontecimentos, eles não são desinteressados, e eles não são consistentes.

Mas até mesmo se estas histórias fossem as melhores fontes no mundo, ainda permaneceria um obstáculo principal que nós simplesmente não podemos vencer se abordarmos a questão da ressurreição historicamente mais do que teologicamente. Tudo bem para mim se Bill quiser argumentar teologicamente que Deus ressuscitou Jesus ou até mesmo se ele quiser argumentar que Jesus ressuscitou a si mesmo da morte. Mas isto não pode ser uma reivindicação histórica, e não pela razão que ele impôs a mim como um velho argumento do século XVIII que já foi refutado. Historiadores podem estabelecer apenas o que provavelmente aconteceu no passado. O problema dos historiadores é que eles não podem repetir um experimento. Hoje, se você quiser provar alguma coisa, é muito simples conseguir provas para muitas coisas na ciência natural; na ciência experimental nós temos provas. Se eu quisesse provar a você que barras de sabão flutuam, mas barras de metal afundam, tudo o que eu preciso fazer é pegar 50 litros de água e começar a jogar as barras. As barras de sabão vão sempre flutuar, as barras de metal sempre vão afundar, e depois de algum tempo teremos um nível do que podemos chamar de probabilidade, onde se eu colocar o ferro novamente, ele afundará novamente, e se eu colocar o sabão, ele flutuará novamente. Nós podemos repetir experiências naturais fazendo experimentos científicos. Mas nós não podemos repetir experimentos na histórica porque uma vez que eles acontecem, acabou.

O que são milagres? Milagres não são impossíveis. Eu não vou dizer que eles são impossíveis. Você pode até pensar que eles são possíveis e, se você pensar assim, então você vai concordar com meu argumento mais do que eu mesmo. Eu estou dizendo que milagres são tão altamente improváveis que eles são a possibilidade mais remota em qualquer instância. Eles violam a maneira como a natureza normalmente trabalha. Eles são tão altamente improváveis, sua probabilidade é infinitesimalmente remota, que nós os chamamos milagres. Ninguém neste planeta pode andar sobre as águas. Quais são as chances de um de nós conseguir fazer isso? Bem, nenhum de nós pode, então vamos dizer que as chances são de uma em dez bilhões. Bem, alguém supostamente consegue. Isto dado que as chances são de uma em dez bilhões, mas, de fato, ninguém de nós consegue andar sobre as águas.

E sobre a ressurreição de Jesus? Eu não estou dizendo que isto não aconteceu; mas, se a ressurreição aconteceu, isto seria um milagre. A reivindicação de que Jesus ressuscitou não trata apenas do corpo de Jesus voltar à vida; ele voltou à vida para não morrer novamente. Esta é uma violação do que naturalmente acontece, todos os dias, tempo após tempo, milhões de vezes por ano. Quais são as chances de uma ressurreição acontecer? Bem, isto seria um milagre. Em outras palavras, seria tão altamente improvável que nós mão podemos explicar este evento por meios naturais. Um teólogo pode dizer que a ressurreição aconteceu, e para argumentar com o teólogo nós devemos argumentar em terreno teológico porque não há bases históricas para argumentação. Historiadores podem estabelecer apenas o que provavelmente aconteceu no passado, e por definição um milagre é a possibilidade mais remota a se considerar. Sendo assim, pela natureza do canons da pesquisa histórica, nós não podemos reivindicar historicamente que um milagre provavelmente aconteceu. Por definição, a ressurreição provavelmente não aconteceu. E a história pode estabelecer apenas o que provavelmente ocorreu.

Eu gostaria que pudéssemos estabelecer milagres, mas não podemos. Não é por culpa de ninguém. Simplesmente os canons da pesquisa histórica não permitem que se estabeleça como provável a mai improvável de todas as ocorrências. Por esta razão, as quatro evidências levantadas por Bill são completamente irrelevantes. Não pode ser provavelmente histórico um evento que desafia a probabilidade, mesmo que o evento tenha ocorrido. A ressurreição deve ser considerada pela fé, não com base em provas.

Permitam-me ilustrar um cenário alternativo do que poderia ter acontecido para explicar a tumba vazia. Eu não acredito no que vou dizer. Eu não acho que tenha acontecido desta forma, mas é mais provável que um milagre acontecendo, porque um milagre, por definição, é a possibilidade mais remota. Então, deixe-me dar mostrar a vocês uma teoria, apenas uma que eu inventei aqui. Eu poderia inventar vinte destas teorias que são implausíveis, mas que ainda assim são mais plausíveis que a ressurreição.

Jesus foi sepultado por José de Arimatéia. Dois parentes de Jesus então ficaram irritados por um desconhecido líder judeu ter enterrado o corpo. No fim da noite, estes dois parentes roubaram a tumba, pegaram o corpo e o enterram eles mesmos. Mas os soldados romanos na vigília os viram carregando o corpo pela estrada, lutaram com eles e os mataram. Eles jogaram os três corpos em uma mesma caverna, onde depois de três dias estes corpos estavam impossíveis de seres reconhecidos. A tumba então está vazia. Pessoas vão à tumba e a encontram vazia, começam a pensar que Jesus ressuscitou dos mortos, e elas começam a pensar que o viram, pois eles sabem que Jesus ressuscitou, afinal a tumba está vazia.

Este é um cenário improvável, mas você não pode objetá-lo como impossível de ter acontecido porque não é. Pessoas roubaram tumbas. Soldados mataram civis com um pretexto mínimo. Pessoas foram enterradas em uma mesma caverna e deixadas à podridão. Não é provável, mas este cenário é mais provável que um milagre, que é tão improvável que você deve apelar para uma intervenção sobrenatural para fazê-lo funcionar. Esta explicação alternativa que eu dei a vocês – que não é a que eu creio ser verdadeira – é pelo menos plausível, e é histórica, em oposição à explicação de Bill, que não é uma explicação histórica. A explicação de Bill é uma explicação teológica.

A evidência de que o próprio Bill não vê sua explicação como histórica é que ele reivindica que sua conclusão é que Jesus foi ressuscitado da morte. Quem o ressuscitou? Bem, presumidamente Deus! Esta é uma reivindicação teológica sobre alguma coisa que aconteceu com Jesus. Trata-se de alguma coisa que Deus fez com Jesus. Mas historiadores não podem presumir crença ou descrença em Deus ao fazerem suas conclusões. Discussões sobre o que Deus fez são naturalmente teológicas, elas não são históricas. Historiadores, sinto em dizer, não têm acesso a Deus. Os canons da pesquisa histórica são restritos apenas ao que acontecem aqui neste plano terreno. Eles não podem nem pressupõe nenhum tipo de crença sobre o mundo natural. Eu não estou dizendo que isto é bom ou mau. Simplesmente é a maneira pela qual a pesquisa histórica trabalha.

Permitam-me lhes dar uma analogia. Não é ruim que não existam provas matemáticas para a evidência de uma polêmica antisemitista em O Mercador de Veneza. Matemática é simplesmente irrelevante em relação a questões literárias. Da mesma forma, as pesquisas históricas não podem conduzir reivindicações teológicas sobre o que Deus fez.

Em resumo, as fontes que temos não são tão boas quanto desejamos que elas fossem. As narrativas foram escritas muitas décadas após os fatos por pessoas que não estavam lá para vê-las acontecendo, que herdaram histórias que foram alteradas no processo de transmissão. Estes relatos que temos sobre a ressurreição de Jesus não são internamente consistentes; eles são cheios de discrepâncias, incluindo o relato da morte e ressurreição de Jesus. Mas existe o problema com o milagre. Não se trata do problema filosófico com o milagre discutido nos séculos XVII e XVIII. Trata-se de um problema histórico com o milagre, Historiadores não podem estabelecer milagres como ocorrência mais provável porque milagres, por sua natureza são as mais improváveis ocorrências. Obrigado!


Clique aqui para ler a parte 4

----------------

Traduzido por Eliel Vieira
eliel@elielvieira.org

Creative Commons License
DESCONSTRUINDO por Eliel Vieira está licenciado sob Creative Commons Attribution.



1 comentários:

Eduardo Vaz 15 de Agosto de 2009 15:26  

Eliel
Muito obrigado por mais essa tradução..amei a do Collins com dawkins também.
Bom, foi mais ou menos o que vc me disse mesmo..debate sem vencedor...os 2 são bons, mas inferem com visões de mundo contrarias, e o debate acaba virando ao meu ver um tagarelice danada , salvos alguns dados e informações importantes...
Um acha evidente a ressurreição e o outro olha com um olhar cético e critico, inferindo outras possibilidades para desacreditar, e nisso entediou os fatos. Talvez o debate dele com crossan tenha sido mais interessante, vc anima? risos

Related Posts with Thumbnails

  © Blogger template 'A Click Apart' by Ourblogtemplates.com 2008

Back to TOP