sábado, 5 de dezembro de 2009

Crítica a Danilo Fernandes: Sobre a Morte de Leila Lopes

Danilo Fernandes, editor GENIZAH (blog que possui convergências de temas abordados e objetivos em alguns pontos em relação a este) achou proveitoso escrever um texto esta semana sobre a morte de Leila Lopes. Um texto que representa bem o perigo a que um crítico pode chegar – o de deixar de transparecer em si a imagem de Cristo.

Ao final de cada postagem no GENIZAH, lemos que “discordar não é problema, é solução, pois redunda em aprendizado!”. Após ver a postura de Danilo de chamar as críticas ao seu texto (foram poucas críticas e, penso, justas) de “desaforos”, eu começo a ter minhas dúvidas sobre se esta frase presente ao fim de todas as postagens do blog é, de fato, verdadeira ou não.

Pessoalmente não tenho nada contra o Danilo, eu não o conheço. Gosto de seu blog, leio-o sempre, mas, nos meus direitos racionais, acredito que ele foi bastante infeliz com esta postagem sobre a morte de Leila. O presente texto é uma crítica a Danilo Fernandes em razão de seu infeliz texto. Se a incentiva à crítica por parte do GENIZAH é verdadeira, esta crítica não pode ser tratada como “desaforo” como Danilo fez com as demais críticas que recebeu.

Pois bem, vamos ao caso. Em razão da repentina morte de Leila Lopes você, Danilo, apresentou alguns fatos conjeturando duas coisas: a primeira, se enquanto viva Leila se converteu verdadeiramente ou não; e a segunda, se ela foi ou não salva em face de sua morte. Tais conjeturas denotam, em minha opinião, julgamento.

Danilo discorda, em sua resposta a um dos comentários recebidos ele diz que “Não há um pingo de julgamento de minha parte a esta moça”. Tal afirmação eu penso não ser honesta. Se não há julgamento explícito, implicitamente tal julgamento ocorre já no título da postagem.

Seu texto se chama “Morre Leila Lopes pensando que vai para o céu”. Ora, o título de seu texto já deixa claro a sua opinião de que Leila estava enganada por achar que iria para o céu após sua morte, e isto implica julgamento.

Discorda? O que você diria sobre uma reportagem futebolística com o título de “O Palmeiras está achando que vai ser campeão” e que, em seu conteúdo, vissemos apenas “fatos” que supostamente contradigam a possibilidade de o Palmeiras de fato ser campeão? Ora, eu diria que o autor pensa (ou torce para que) o Palmeiras não seja campeão.

O caso do seu texto, Danilo, é o mesmo. O título e o conteúdo de seu texto sobre Leila Lopes mostram implicitamente (eu penso que mostram explicitamente) que você não acredita na salvação, ou na sinceridade da conversão de Leila Lopes. Percebe-se no título de seu texto até certo tom de deboche sobre a “certeza” de Leila de que vai para o céu. Não sei se os demais leitores do seu blog perceberam isto, mas a mim o deboche é mais que evidente.

Agora, será que debochar uma pessoa que morreu tão cedo de uma doença desconhecida é algo cristão de se fazer? Talvez você diga que não houve deboche, mas, mesmo assim, será que conjeturar sobre a salvação ou condenação de uma pessoa que acabou de morrer é algo digno de se fazer?

Danilo conclui sua postagem dizendo que “Finalmente, eu não estou sentenciando o fim eterno de ninguém! Não me arvorei este direito! Reparem bem no que está escrito! Apenas ofereci um fato ilustrado pelos próprios depoimentos da pessoa. A conclusão é de cada um”.

As questões que levanto aqui são: seria uma postura cristã expor fatos e depoimentos de uma pessoa que acabou de morrer, por em xeque (com certo tom de deboche) a certeza de salvação desta pessoa, para a partir disto extrair algum ensinamento teológico? Você diz que “A conclusão é de cada um”, mas, será que devemos, como cristãos, expor as ações de uma pessoa que acabou de morrer para assim retirar “conclusões”?

Eu acho que não. E não porque “a cultura nacional tenda a santificar quem morre” como você disse, é por questão de bom senso mesmo, de respeito, de "evangelicidade". Até onde eu sei, as pessoas que tiram conclusões sobre a vida pessoal de outras pessoas baseando-se em suas ações pessoais são “fofoqueiras”, não “cristãs”. Com todo respeito, seu texto se enquadra mais à categoria “fofocas da semana” de uma revista de conteúdo sensacionalista do que a um texto bíblico. Pergunte-se a si mesmo se Deus escolheria seu texto (que expõe e cutuca as feridas de uma pessoa que acabou de morrer) para entrar na Bíblia. Quando eu escrevo qualquer coisa eu me pergunto algumas coisas tais como “qual é a relevância disto que eu estou escrevendo?”, “estou escrevendo algo justo?”, “estou sendo sincero?”, “Deus tem orgulho ou vergonha disto que acabei de escrever?” e “Deus escolheria tal texto para entrar na Bíblia?”.

Que fique bem claro que eu não estou entrando no mérito de a Leila ter sido ou não uma cristã sincera enquanto viva. Não entrei, nem quero e nem vou entrar neste mérito. Isto é completamente indiferente, pois, independente do que ela tenha feito no passado (erros que Danilo como mais perfeito acusador fez questão de citar), convenhamos, tempo e oportunidade para se arrepender foi o que ela mais teve.

O mérito que estou discutindo aqui é a atitude de expor as atitudes passadas de uma pessoa que acabou de morrer e questionar, seja com deboche ou não, a certeza que esta pessoa tinha de que ia para o “céu” após sua morte. Isto, em minha opinião, é completamente ridículo. É sensacionalismo barato. Assemelha-se à fofoca sobre a vida alheia. É, concluindo, um tremendo e infeliz erro.

Em suma, Jesus Cristo não agiria como você agiu. Talvez Jesus tenha dado as costas para nós críticos e tenha estado com Leila durante o período da doença de Leila. Talvez Jesus tenha se compadecido do sofrimento de Leila e tenha pensado: “Minha filha, eu te perdôo, já já nos encontraremos e você terá paz”.

Como chamei atenção no primeiro parágrafo desta crítica, seu texto exprime o perigo a que um crítico pode chegar: o erro de se achar digno de tecer opiniões até mesmo sobre aquilo sobre o qual não somos dignos de opinar. Não temos o direito de opinar sobre a sinceridade das pessoas. Também não temos o direito de conjeturar se uma pessoa foi ou não salva uma vez que ela fez X, Y ou Z enquanto viva, pois, em suma, pecadores todos nós somos, e todos (absolutamente todos) somos carentes da mesma Graça, e todos (absolutamente todos) têm o mesmo acesso a Ela se quiser.

Espero que entenda esta crítica como uma repreensão amiga, não como “desaforo”. Publique-a em seu blog se quiser, comente-a se quiser, questione-a se quiser, responda-a se quiser, mas, o mais importante, reflita sobre o que você fez, pois o pouco que eu conheço sobre o Evangelho me diz que você foi bastante infeliz com este texto.

Em Cristo, aquele que disse que jamais devemos julgar nosso próximo (Mateus 7:1), e que devemos agir para com o próximo da maneira pela qual gostaríamos que outros agissem para conosco (Mateus 7:12).

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Detalhe interessante:

O primeiro comentário sobre esta postagem foi feito pelo próprio Danilo Fernandes. O comentário foi deletado pelo autor. Infelizmente eu confiei em sua sinceridade e não dei "print" no seu comenário no qual ele simplesmente dizia algo como "não vou publicar este comentário no meu blog".

Danilo mostrou ser pior do que aqueles que ele critica. Sendo um pouco mais sincero, Danilo provou ser um tremento idiota. Uma pessoa que adora criticar mas não suporta críticas. Alguem que se acha acima da verdade. Uma pessoa que não traz enriquecimento algum ao Evangelho.

Diversos comentários (todos respeitosos) foram enviados ao blog Genizah e todos (absolutamente todos) foram recusados.

E não apenas comentários meus. O Hugo (que comentou nesta postagem) também teve suas críticas censuradas.

Fiquem de olho pessoal...



Eliel Vieira
eliel@elielvieira.org

Creative Commons License
DESCONSTRUINDO por Eliel Vieira está licenciado sob Creative Commons Attribution.


24 comentários:

Danilo Fernandes 5 de dezembro de 2009 07:00  
Esta postagem foi removida pelo autor.
Eliel Vieira 5 de dezembro de 2009 07:17  

Caro Danilo,

Eu vi os vídeos e li tudo o que você escreveu. As opiniões dela sobre o que é pecado ou não, ou sobre a certeza dela de salvação não interferem no fato de que você foi muito infeliz em sua postagem. Se ela suicidou, pouca diferença faz também, eu diria que isto apenas aumenta a infelicidade de sua postagem.

E, desculpe-me, mas não entendi (ou entendi?) a razão de não publicar meu comentário crítico no seu blog. Vejamos o que diz seu blog sobre a publicação de críticas:

Comenta! Elogia! Critica! É tudo para o Reino!

Considere o seguinte apenas: (1) Não publicamos criticas negativas de "anônimos". Quer criticar e ter a sua opinião publicada? Identifique-se. (2) Discordar não é problema. É solução, pois redunda em aprendizado! Contudo, com modos. Sem palavrão!


Bem, se eu te critiquei observando todos os pormenores exidos por você para que uma crítica seja publicada (me identifiquei e fui educado, escrevendo com modos) e, mesmo assim, a critica não foi publicada, só posso concluir que o incentivo à crítica por parte do seu blog não é verdadeiro e sincero. Infelizmente.

Triste verdade...

carlos 5 de dezembro de 2009 15:17  

parabéns Eliel sua postagem faz jus ao nome de seu blog,seria interessante todas as pessoas prestarem mais a atenção nas palavras,elas têm importancia no seu uso.

Hugo Lucena Theophilo 7 de dezembro de 2009 01:50  

Quando li o texto do Danilo achei muito estranho e escrevi um comentário p/ ele com amor e clareza. Achei mais estranho ainda ele não ter publicado. Quando li os comentários que estão lá entendi porque não publicou o meu. De fato, o Evangelho não produz em ninguém a atitude vista no texto dele. Não mesmo! Foi infeliz...quis dar conta do conteúdo do coração da moça. Enganado obviamente, julgando pelo que os olhos (dele) vêem. Infeliz... quis dar conta do destino eterno dela. Esquecido do que o próprio Cristo disse sobre não caber a ninguém fazer isso. Enganado, esquecido e infeliz. foi o que achei do texto dele. Que Deus nos converta todo dia. Abração.

hugo
http://hugotheophilo.blogspot.com

Daniel 8 de dezembro de 2009 10:59  

Não vi todos os vídeos (estou sem paciência para tanto), mas em sua carta testamento a atriz foi clara: sabia que seria perdoada por Deus por ter sido uma filha boa e generosa... Pronto... nesta única frase, ela entregou que não houve conversão - pelo menos até o momento em que escreveu isso. Nenhum cristão regenerado, que nasceu de novo, atribui sua iminente e certeira salvação à sua generosidade e bondade. Mesmo em um momento de desespero um cristão verdadeiro não condiciona a vida eterna ao seu caráter... Se o Danilo foi infeliz em suas palavras, penso que o mesmo tratamento deva ser dado à postura de Leila Lopes, não cabendo aqui eximir-mos de qualquer análise do que ela disse ou deixou de dizer só pq agora está morta.

PRESBÍTERO RANGEL 9 de dezembro de 2009 06:52  

Concordo com você Daniel, o fato de ela achar que Deus iria recebê-la pelo fato de ser uma "boa e generosa filha", já demonstrou qeu de fato ela não teve um encontro genuino com a graça, pois achou que por suas "boas obras", teria direito a salvação. Ou seja, salvação baseada na justiça própria.

Daniel 9 de dezembro de 2009 08:08  

Exato, isto, somado aos outros fatores (achar que oração cura, fazer filme pornográfico e dizer que não tem qq problema, entre outros) são suficientes para especular-se que ela não era convertida. Isto significa que ela foi pro inferno? NÃO! Em seus últimos microssegundos, ela pode ter se arrependido e entregado a vida a Jesus. Porém, sua vida depõe a favor de uma experiência religiosa e não uma experiência vivificadora, espiritual, enfim, bíblica.

Assim, não há nada de errado com o post do Danilo. Sinceramente, querer crer que a fulana foi para o céu só pq "acreditava que ia" é pra lá de temeroso.

Não devemos julgar, de fato. Mas tb não devemos nos enganar achando que essa ou aquela pessoa foi salva só pq essa opinião nos conforta ou nos é conveniente...

Metal dElohim 9 de dezembro de 2009 08:20  

E as pessoas que morrem na "ignorância" ??

Não são julgadas pelos atos???

E quem somos nós para julgar a coitada... afinal para retirar sua vida, dando uma pá de justificativas, sendo narcisista (não quero morrer velha!?? Oo)

Bom... na teoria só pelas Obras, ela aparentava ser leiga no assunto Evangelho.

Eliel Vieira 9 de dezembro de 2009 08:48  

Daniel, quando eu critiquei Danilo Fernandes eu não quis por momento nenhum defender quaisquer atitudes e/ou posturas da Leila Lopes. É óbvio que ela não tinha um entendimento correto sobre a Salvação em Cristo, da Graça, nem sobre o “viver cristão”. Eu concordo com você que a visão que ela tinha sobre salvação era completamente distorcida, porém, isto não muda o fato de que o texto do Danilo foi completamente infeliz. Eu simplesmente não consigo imaginar Jesus indo aos seus discípulos e dizendo: “hey, sabe fulano que acabou de morrer? Enquanto vivo ele fazia X, Y, Z, agora morreu e está achando que vai para o céu ha ha ha”. Ora, isto é falta de respeito, é fofoca, é uma das aparências do mal das quais a Bíblia diz que devemos nos afastar. A vida dos outros, os erros ou acertos que fizerem enquanto vivos, simplesmente nada disso é de nossa conta.

A postura de Leila Lopes foi infeliz, sim, mas será que devemos ficar remoendo isto? Que proveito isto trás para nossa fé? Que pessoa será que, após ler o texto do Danilo, disse “puxa! Isso me edificou bastante!”.

Quanto a você, presbítero Rangel, percebe-se uma contradição em termos nas suas palavras. Você disse que ela não teve encontro com a graça porque ela achava que suas “boas obras” davam a ela direito a isto. Mas, se ela não pensasse assim, então ela poderia ter um encontro com a Graça? Se sim, o encontro com a Graça estaria condicionado à sua atitude de pensar ou não que a Graça pode ser obtida através das boas obras, ou seja, no fim das contas, a salvação estaria condicionada a uma obra humana do mesmo jeito.

Por fim, Daniel, NENHUM FATOR nos dá motivos suficientes para especularmos se alguém foi ou não salvo. Esta especulação é expressamente proibida no Novo Testamento, o qual, diz que a Escritura encerrou a todos (tanto você, quanto eu, quanto a Leila) debaixo do pecado, para que a misericórdia de Deus agisse da mesma forma para com todos que a quisessem, independente de nossas obras. E se ela quis isto sinceramente antes de morrer?

Novamente, meu objetivo não foi a defender a Leila, mas criticar a exposição de sua pessoa que foi feita por parte do Danilo Fernandes que, após a última semana provou ser apenas um evangélico ansioso por aplausos, que não suporta nenhuma crítica, que censura os que discordam de qualquer postagem sua e, indo mais além, contraditório e mentiroso (posso provar qualquer uma destas acusações).

Genizah é um blog no qual não perco mais tempo em ler. Tenho os meus defeitos, mas publico as críticas de todos e busco responder a todas elas com amor e usando a razão. Lá, se você critica e se sua crítica for fraca ela entra (e ele a comenta desdenhando); se a crítica for correta, não-falaciosa, biblicamente embasada e expositora de alguma contradição do blog - ela não entra, e você é censurado.

Perguntem ao Danilo, quando o virem, por que ele me censurou, aliás.

Abraço,

Eliel

Hugo Lucena Theophilo 9 de dezembro de 2009 09:32  

Quanta teologia. Vocês entendem tudo de salvação...deixam escribas e fariseus no chinelo.

Daniel 9 de dezembro de 2009 10:50  

Metal, a que "ignorância" vc se refere? A do Evangelho ou a de Deus? Mortos espirituais serão julgados (para condenação) por suas obras... Mas mesmo se forem "bonzinhos" a vida toda, isso não os livrará do inferno.

Daniel 9 de dezembro de 2009 11:05  

Eliel, acho que lemos dois textos completamente diferentes. Eu li um texto onde o cara se questionava se uma pessoa que se dizia convertida de fato o era diante do seu histórico pós-suposta conversão. Não é um julgamento, é uma dúvida. E uma dúvida legítima já que o verdadeiro convertido, lavado pelo sangue de Cristo produz FRUTOS o que, a princípio, não se verifica na vida de Leila Lopes que, após a suposta conversão, se deu ao trabalho de protagonizar não apenas um, mas TRÊS filmes pornográficos. Isto é fruto que evidencia conversão? Isto somado aos outros fatores já exaustivamente citados levam qualquer cristão coerente e racional a, no mínimo, colocar um ponto de interrogação acerca da afirmação de conversão da pessoa. Isto não é julgamento, é uma reação legítima e NECESSÁRIA por parte de qualquer cristão já que precisamos observar com quem andamos, com quem nossos entes andam e em quem está congregando conosco e se diz crente, mas na verdade não é. Entendi o post do Danilo como um aviso, um alerta de "olhem, não acreditem que a pessoa é crente só pq ela falou que é crente"...

O que eu acho mais peculiar e fascinante é que a Bíblia que diz que não devemos julgar (afirmar com veemência, condenar) é a mesma que afirma que devemos observar aqueles que se dizem cristãos, mas são pior que os incrédulos. Com estes, diz a Escritura, não devemos sequer comer!! Portanto, sim, entendo que estou autorizado a especular a afirmação de salvação de uma pessoa diante dos frutos que ela apresenta. É um trabalho de vigiar e analisar absolutamente tudo que a Bíblia EXIGE que eu faça.

Quanto à questão da sinceridade, não entendi... o que ela queria com sinceridade antes de morrer? Se livrar da vida? Tudo bem... não sei o que se passa na cabeça de uma pessoa que se suicida, e creio sim que um cristão pode chegar a esse ponto; por outro lado, se a sinceridade dela se refere à esperar ser perdoada pq era "boazinha", sinto muito... Sinceridade de caráter nunca salvou ninguém e não salvaria a Leila Lopes.

Quanto à questão da censura, não entro no mérito... Não é esse o ponto aqui.

Daniel 9 de dezembro de 2009 11:07  

Hugo, eu não entendo tudo de salvação (embora tenha tido as melhores notas no curso de soteriologia que fiz), mas entendo o suficiente aquilo que a Bíblia revela... Ignorantes espirituais são os que apelam sempre para o "mistério", quando os procedimentos de Deus são tão claros.

Hugo Lucena Theophilo 9 de dezembro de 2009 11:18  

rsrsrs..."melhores notas no curso de soteriologia"..rsrsrs.

"Os tempos são outros, os erros os mesmos"

Miserável homem que sou!

Sem mais mano. Deus te abençoe.

No Caminho e salvo pela Graça,

hugo
http://hugotheophilo.blogspot.com

Eliel Vieira 9 de dezembro de 2009 11:54  

Daniel,

São vários pontos levantados por você que mereceriam um debate. Já de cara a questão do inferno, que para mim soa como a maior de todas as mentiras já inventadas pela Igreja, com objetivo de converter as pessoas pelo medo. Não vou me alongar aqui, mas, se quiser, leia meu texto "Inferno de Fogo – Uma Objeção Lógica": http://www.elielvieira.org/2009/06/inferno-de-fogo-uma-objecao-logica.html

Novamente, em seus comentários, você justifica a postura do Danilo com base no que a Leila fez ou deixou de fazer, como se eu estivesse defendendo a Leila e seus atos.

Não! Eu não estou. Fazer filmes pornográficos não é uma postura condizente com o "viver cristão". Não é atitude de uma pessoa regenerada, mas, pergunto: se não existe "pecadinho" nem "pecadão" e todo pecado tem o mesmo peso, conforme a Bíblia nos deixa transparecer, três filmes pornográficos não seria o mesmo que três mentiras? Ou três hipocrisias? Ou três faltas de respeito para com o próximo?

Que a Leila pecou e não refletia a imagem de Cristo, ok!, eu não discordo disto, mas, daí a afirmar e fazer chacota (como o Danilo fez) sobre a salvação dela é correto?

Os pecados da Leila eram públicos, mas e os meus e seus que são ocultos? Será que os "santos" apontares de dedo e cultucadores de ferida como o Danilo não pecam?

Engraçado é que você usa o termo "somado" ao tratar da quantidade de erros e pecados da Leila que, segundo você, justificam o ato do Danilo, dando a transparecer que, se ela tivesse pecado menos (ou se seus pecados fossem não tão públicos) ela não deveria ser julgada... Eu não acho assim. Imagine que ao invés de ser a Leila fosse seu pai a morrer e ser "especulado" publicamente na internet, e imagine que ele fosse o pior dos pecadores (um bêbado que gasta todo seu dinheiro no bar e que bate na esposa por exemplo). Acho que você desejaria que no velório dele (e nos dias que seguissem após a sua morte) as pessoas tivessem um pouco de respeito e não ficassem com conversas do tipo "tá vendo? Aí está o bebum... vivia bebendo, endividado, maltratava a mulher e no fim da vida deu uma de convertido, dizendo que tinha esperança em salvação... hahaha".

Pergunte a si mesmo se isto é algo cristão de se fazer. Pergunte a si mesmo se o texto que o Danilo fez é cristão, no sentido que exprime o caráter de Cristo.

Todo cristão deve, sim, ter discernimento ao interpretar as afirmações que chegam a nós. Isto é algo não apenas bíblico, mas filosófico, uma atitude racional. Ninguém é obrigado a acreditar que Fulano ou Sicrano é ou era um cristão íntegro e sincero... mas daí a criar textos, apontar erros, criticar ironicamente, fazer especulações sobre alguém que morreu, cultucar feridas... Ahhh, Cristo não faria isto!

Eliel Vieira 9 de dezembro de 2009 11:54  

"O que eu acho mais peculiar e fascinante é que a Bíblia que diz que não devemos julgar (afirmar com veemência, condenar) é a mesma que afirma que devemos observar aqueles que se dizem cristãos, mas são pior que os incrédulos"

Observar é uma coisa. "Expor", "Censurar", "Fazer Chacota", "Especular sobre Sinceridade" são coisas totalmente diferentes. E foi isto que o Danilo fez. Danilo não "observou" Leila, Danilo "expôs" Leila, fez chacota com a esperança que ela tinha de salvação - esperança que, a despeito de seus erros teológicos, poderia ser sincera.


Sinceridade de caráter nunca salvou ninguém e não salvaria a Leila Lopes.

Bem, se você perguntou a Deus isto ontem anoite e ele te respondeu tudo bem. Na Bíblia não há qualquer passagem que afirme isto que você disse. Pelo contrário, a honestidade e a sinceridade são valores enaltecidos, elogiados e encorajados pela Bíblia e, você há de concordar comigo, é impossível a nós saber se uma pessoa tem ou não os mesmos.

Eu realmente fiquei envergonhado com o texto do Danilo. Vi ali não um discipulo de Cristo (o Cristo que abraçava até mesmo as prostitutas) escrevendo, mas um acusador, um "super-crente", um "eu-sou-salvo-pois-não-faço-filmes-porno", um "não-importa-as-críticas-eu-não-erro-nunca-por-isso-censuro-as-criticas-que-aparecerem-aqui".

Pense consigo Daniel. Jesus abraçaria a Leila ou a julgaria apontando um dedo acusador para seus erros? E depois de morta, Jesus respeitaria o luto da família e guardaria suas opiniões consigo mesmo ou ressuscitaria falas da morta fazendo chacota com a esperança que ela tinha de salvação?

Daniel 10 de dezembro de 2009 04:12  

Hugo, tb sou miserável... Tudo o que sou hoje devo a Deus que me resgatou das trevas em que eu me encontrava. Porém não vou utilizar da minha miserabilidade como ser humano e criatura para esconder ignorância espiritual.

Daniel 10 de dezembro de 2009 04:34  

Eliel, vamos por partes:

1) A questão do inferno não merece debate aqui. Vc tem essa opinião de que é um ensino mentiroso com vistas a converter os outros pelo medo. Nada mais inverídico. Que existem pessoas que se convertem com medo de irem para o inferno, isto é verdade. Que existem igrejas que se utilizam do inferno para "segurar" seus fiéis isso tb é verdade. Porém, tais fatos não dão aso a invalidar o que a Bíblia diz sobre o assunto e a Bíblia fala de um lugar onde o ser humano que morreu incrédulo estará completamente separado de Deus. Entender que o ensino é falso só pq ele pressupõe conversão por fórceps é o mesmo que dizer que a crença religiosa é falsa - ergo, a existência de Deus tb - só pq ela se originou do medo que as pessoas tinham de seu futuro incerto. Isso é cometer uma falácia genética, coisa bem típica de ateus fundamentalistas tipo Dawkins, Harris e outros psicopatas.

2) A questão de quantidade de pecados aqui não se aplica... O objeto do debate, no momento, é Leila Lopes que afirmou (ao contrário que vcs dizem) que experimentou uma experiência RELIGIOSA e não espiritual. Quando o foco mudar de indivíduo, agirei da mesma forma. Uma coisa que sou é coerente. Meto mais o pau em crentinhos que na verdade são cretinos do que em incrédulos. Isso demonstra que não tenho rabo preso com ninguém, exceto com a verdade estampada nas Escrituras. Não rasgo seda pra nenhum cristão, pseudo-cristão ou incrédulo. Por isso, me acusar de julgá-la pelo seu histórico de pecados é uma temeridade tremenda, e, também, um JULGAMENTO! Ora, não estou escancarando que ela era pecadora, isto é óbvio, todos somos. Estou apenas denunciando o seguinte: até que ponto uma pessoa REALMENTE salva leva a vida que ela levou? É uma questão legítima, não há nada de censura ou julgamento aí. Ela não apresentou frutos dignos de arrependimento e conversão (e junto dela estão a maioria das pessoas que frequentam igrejas ou tem blogs como esse) e agora está colhendo os frutos disso, no comentário de pessoas como o Danilo.

3) A comparação com o meu pai foi canhestra... Se meu pai fosse um bebum que batesse na esposa, escutar comentários difamatórios após a sua morte seria o mínimo que teria de aturar. Colhemos o que plantamos, se vc planta vento, colhe tempestade. É assim que a vida é e é justamente por isso que devemos vigiar constantemente a nós mesmos. Acharia desrespeitoso, sem dúvida, mas também compreenderia que tais comentários são consequência das escolhas erradas que meu pai fez e do impacto que ele deixou na vida das outras pessoas. Ação e reação. Questão de física, de lógica, até.

4) Quanto à questão da sinceridade, eu não estou questionando se ela era ou não sincera a respeito de sua esperança de salvação. Ela deveria ser mesmo, não cabe a mim especular sobre se esta sinceridade era ou não real. Mas estou autorizado, como ser espiritual que sou e conhecedor das verdades bíblicas a afirmar que a sinceridade dela (real ou não) a respeito do assunto está EQUIVOCADA. Adventistas acham que vão ser salvos por guardarem o sábado. Essa esperança é sincera. Mas eles serão salvos por guardarem o sábado? TJs acreditam que serão salvos se converterem cada vez mais pessoas na pregação porta a porta; tal esperança é sincera. Mas eles serão salvos por isso? Católicos acreditam que serão salvos por seguirem os sacramentos da Igreja. Esta esperança é sincera, mas eles serão salvos por isso? Desculpe meu caro, se porventura sua resposta a todas essas perguntas for "SIM", então acho que devo rasgar a minha Bíblia e virar ateu.

Eliel Vieira 10 de dezembro de 2009 07:14  

1. A questão do inferno merece estar no debate uma vez que a existência do mesmo foi pressuposta por você em sua argumentação. Se nossa discussão não está alinhada (se não falamos a mesma língua) nada fluirá. Você mencionou o inferno em um comentário seu e, como eu tenho minhas questões sobre a existência do mesmo, eu abri um parêntese para mencionar isto.

Porém, em momento algum eu disse que não acredito em inferno porque existem pastores que o usam para converter as pessoas pelo medo. Eu não disse que “o ensino é falso só pq ele pressupõe conversão por fórceps”! Eu tenho duas objeções em relação à existência do Inferno de Fogo, uma lógica e uma bíblica. Portanto, sua comparação minha com Dawkins é completamente sem fundamento. Mas este é outro debate. Se quiser, podemos ter um debate sobre isto via net.

2. Outro erro aqui. O objetivo do debate aqui NÃO É o que a Leila Lopes afirmou ou deixou de afirmar. Eu já disse isso mais de uma vez e, ou você não entendeu ou fingiu que não entendeu. As suas perguntas como “até que ponto uma pessoa REALMENTE salva leva a vida que ela levou?” são completamente irrelevantes ao ponto debatido aqui. São irrelevantes, pois se fundamentam na idéia (equivocada) de que eu estou defendendo a Leila. Não! Meu texto não foi escrito com o objetivo de defender as atitudes da Leila de fazer filmes pornôs, ou dela acreditar na salvação via obras, ou de se suicidar. Não! Eu não defendo nada disto. O objetivo do meu texto foi apontar a infelicidade do Danilo em criar uma postagem irônica e fofoqueira sobre a esperança de salvação de uma pessoa que tinha acabado de morrer, desrespeitando assim o luto da família e a honra da pessoa Leila (que a despeito das coisas que fez, merece respeito – ainda mais por parte de cristãos).

3. Sobre a analogia que eu criei do "pai bebum", você mesmo disse que acharia desrespeitoso as pessoas fazerem comentários e piadinhas após a morte dele. Isto por si só já mostra que o que o Danilo fez foi desrespeitoso. Se o que as pessoas falariam sobre o pai bebum após a sua morte eram verdade, isto não importa – continua sendo desrespeitoso. O que as pessoas falam sobre a Leila podem ser verdade (e até são), mas a atitude de expô-la na internet, conjeturando com chacota uma esperança que ela tinha de salvação é algo infeliz e desrespeitoso. E se é desrespeitoso, não é cristão.

4. Você citou diversas “esperanças equivocadas” de pessoas de outras religiões, perguntando se eu acho que elas vão ser salvas por causa desta esperança. Bem, isto fica a cargo de Deus. Não sei se você percebeu, mas eu não teço julgamentos sobre salvação de outrem. Um mulçumano pode ser salvo por causa de sua esperança? Ora, por que não? E se Deus desejar salvá-lo?

A questão do exclusivismo é muito complicada, pois até entre os cristãos existem muitas divisões que inevitavelmente implicam em “falsas esperanças”. Existem pessoas que acreditam na predestinação, outras não. Os que estiverem errados estarão depositando sua esperança em um “tipo” de Deus completamente diferente do real. Pense: se o livre-arbítrio existe, aqueles que acreditam na predestinação estarão tendo uma visão fatalista e blasfema de Deus. Por outro lado, se a predestinação aconteceu, aqueles que acreditam no livre-arbítrio estarão desmerecendo a Soberania de Deus e enaltecendo o podre ser humano. No fim das contas, se Deus realmente for levar em conta todas as distorções teológicas e “esperanças equivocadas” que temos, ninguém será salvo. Eu escrevi uma “solução” para este impasse, o texto chama-se “A Indiferença de Deus em Relação às Heresias”, leia se quiser: http://www.elielvieira.org/2009/10/indiferenca-de-deus-em-relacao-as.html

Eliel Vieira 10 de dezembro de 2009 07:14  

O principal problema, Daniel, é que eu e você somos tão pecadores quanto a Leila era (eu pelo menos não me considero nem um pouco mais santo que ela) e, se ela estava equivocada em ter esperança na Salvação, não deveríamos nós também estar equivocados? A única diferença entre eu você e a Leila, Daniel, é que os nossos pecados são ocultos e os dela eram públicos, mas desgraçados pecadores todos nós somos. Se eu estou correto em ter convicção da minha salvação a despeito dos pecados que cometo, porque ela deve ser exposta, criticada, ironizada, pela mesma coisa?

Não entendo... simplesmente não entendo....

Daniel 10 de dezembro de 2009 08:12  

Eliel, vamos lá...

1) Continuo achando que a questão do inferno não merece ser debatida, uma vez que o ponto da discussão é o suposto julgamento se a Leila foi ou não salva. Independente de vc acreditar em inferno ou não, vc acredita que existem pessoas que não foram e não serão salvas. Ponto. O lugar para onde vão os não salvos e se existe tal lugar acaba sendo irrelevante.

2) Eliel, vcs podem estar falando da postura do Danilo, mas EU estou falando que tal postura encontra explicação na vida que a atriz levava. Se você não está discutindo isto, tudo bem. Eu procurei inserir isto no debate principal, mas se não vai rolar - pelo visto todo mundo tem medo de tecer opiniões sobre a condição espiritual de qq um, baseadas em fatos e dados - então encerro por aqui.

3) Eu posso achar a conduta das pessoas desrespeitosa. Mas isto significa que houve de fato desrespeito? É desrespeito dizer à pessoa aquilo que ela é (ou era)? Então Jesus foi o mais desrespeitoso de todos pois inúmeras vezes jogou na cara dos fariseus quem eles REALMENTE eram: hipócristas, falsos, mentirosos, etc.

4) Eliel, um adventista será salvo se depositar sua confiança em Cristo e não na guarda do sábado; um TJ será salvo pelo mesmo motivo e não por crer que sua pregação de porta em porta lhe garantirá uma vaguinha no paraíso terrestre milenar - que eles acham que é eterno; o mesmo se aplica aos outros exemplos. O ponto é: a esperança certa de salvação é aquela em que a pessoa deposita tal esperança em Cristo e no seu sacríficio consumado na cruz. Qualquer outra perspectiva fora disso está biblicamente ERRADA, sendo ou não sincera. Não se trata portanto de tecer julgamentos sobre a salvação de outrem, mas de analisar o quadro ora posto e submetê-lo ao crivo das Escrituras. Um muçulmano só pode ser salvo se sua esperança estiver em Cristo. Como a esperança de 99% dos muçulmanos não está em Cristo, mas sim nas exigências litúrgicas de sua religião, então não, eles não poderão ser salvos.

Quanto ao exclusivismo, acho que vc tenta jogar panos quentes na situação para justificar idéias erradas, posicionamentos equivocados e heresias escabrosas. Irrelevante para a salvação da alma se a pessoa acredita em predestinação ou se é arminiana. A salvação não está condicionada estritivamente à eleição ou à livre escolha do homem, mas sim em Cristo que com um único sacrifício satisfez a Justiça de Deus. Portanto, eu posso perfeitamente ser salvo se observar isso e, mesmo assim, acreditar em predestinação ou livre arbítrio... O problema está em achar que meu caráter é suficiente para me salvar. Este foi o erro da afirmação da Leila em sua carta-testamento. Ela pode ter sido salva? Claro que sim, desde que tenha se arrependido de sua condição de pecadora e entregue sua vida a Cristo. Mas nunca pelo seu caráter, independente dessa esperança ser sincera ou não.

Por fim, eu não me considero nem um pouco mais santo que ela. Tenho problemas que às outras pessoas estão completamente ocultos, mas Deus sabe deles por inteiro. A diferença entre eu e a Leila (não sei quanto a você) é que sou um pecador justificado pelo sangue de Cristo e não por mim mesmo e, portanto, vou para o céu pq Cristo me salvou e não pq fui "bonzinho". Ela, porém, afirmou em sua carta que sua justificação se daria por mérito próprio.

Eliel Vieira 12 de dezembro de 2009 05:39  

Daniel,

Estamos dando voltas e voltas no assunto e eu sinceramente não tenho tempo para isto. Não sou como uns blogueiros por aí que passam 12 horas na frente no pc. Eu trabalho, estudo, escrevo e ainda namoro e frequento uma igreja nos finais de semana e isto consome praticamente todo meu tempo disponível.

Existem dezenas de considerações que poderiam ser feitas sobre suas palavras, mas não vou fazer, pois geraria mais e mais debate e eu como eu disse eu não tenho tempo para isto. Chesterton certa vez disse que a coisa mais difícil que existe é tentar justificar algo para o qual você tem muitas razões para acreditar. Existem inumeras razões pelas quais eu considero a postura do Danilo infeliz, tentei apresentar estas diversas razões aqui de forma resumida mas não dá, pois as diferenças entre mim e você já começam em aspectos básicos ("básico" no sentido epistêmico) das coisas.

Eu, por exemplo, não falo sobre qualquer pessoa de qualquer religião no tocante à salvação. Eu particularmente jamais diria algo como "como a esperança de 99% dos muçulmanos não está em Cristo, mas sim nas exigências litúrgicas de sua religião, então não, eles não poderão ser salvos". Por que? Simples, eu li e reli os evangelhos procurando uma única passagem na qual Jesus dispensasse qualquer julgamento ou sentença às pessoas das demais religiões da época (as babilônicas, egípcias, romanas ou gregas) e eu não encontrei nenhuma. Nem as "heresias" do povão tomavam a principal atenção de Jesus. As únicas pessoas às quais Jesus teceu julgamentos e chegou a ser até rude foram os líderes hipócritas da religião dele (judaísmo). Eu procuro seguir o mesmo molde do Mestre e não comento sobre as pessoas de outras religiões (no tocante à salvação) e também não julgo os erros ou as heresias do "povão" cristão. As minhas críticas se concentram nos que erram por hipocrisia, como o Danilo fez (ele critica, mas não aceita receber críticas).

Você insiste em ficar citando o que a Leila fez e deixou de fazer e, repetindo, isto é indiferente para minha crítica ao Danilo. A minha posição é que nenhum daqueles que especulam sobre a salvação da Leila é mais santo que ela. Eu sou tão corrupto moralmente quanto ela - a diferença é que meus pecados ninguém conhece e os dela todos conhecem. Sendo assim, eu não me acho digno de especular sobre nada, pois não sou exemplo moral para isto.

(continua)

Eliel Vieira 12 de dezembro de 2009 05:39  

(continuação...)

E neste ponto eu gostaria de citar e comentar uma frase sua: "Eu posso achar a conduta das pessoas desrespeitosa. Mas isto significa que houve de fato desrespeito? É desrespeito dizer à pessoa aquilo que ela é (ou era)? Então Jesus foi o mais desrespeitoso de todos pois inúmeras vezes jogou na cara dos fariseus quem eles REALMENTE eram: hipócristas, falsos, mentirosos, etc"

Considerar uma conduta desrespeitosa não é desrespeito. Também não é desrespeito ir a uma pessoa e dizer a ela e comentar com ela algo ruim sobre ela. Aliás, em alguns casos é desrespeitoso sim. É desrespeitoso por exemplo chegar a uma pessoa e dizer a ela "oi, sabe de uma coisa, sua boca fede a bueiro". É desrespeitoso mesmo que a boca desta pessoa realmente fedesse a bueiro. Mas enfim, na maioria dos casos não é desrespeitoso. Mas o que o Danilo fez não foi isto. Ele não foi à Leila e falou "oi Leila, gostaria de te dar um conselho: sua conduta não condiz com a maneira como uma vida cristã deve acontecer...", ele expôs a Leila depois da mesma morrer.

Existe uma diferença enorme entre "dar um conselho a" e "expôr" alguém. As revistas de fofoca são revistas que expôem a vida das pessoas. As resvistas de fofoca, quando confrontadas, se justificam exatamente como você argumentou ("ora, se é verdadeiro por que não falar? Por que guardar segredo?"). Se seu argumento é verdadeiro, as revistas de fofocas são meios de comunicação totalmente proveitosos intelectualmente, pois, se fulano está transando com sicrano, e se isto é verdadeiro, não é nada desrespeitoso expor isto para 180 milhões de brasileiros, não é?!

Mas É desrespeitoso, não é "aparência do bem".

Seu exemplo de Jesus foi (penso) descabido. Jesus não expunha os pecados das pessoas - a não ser dos hipócritas. Leia os evangelhos com isto em mente e verá que as únicas pessoas que foram expostas por Jesus eram os hipócritas, jamais as pessoas pecadores do "povão". Jesus só expunha os hipócritas. Hipocrisia é acusar uma pessoa de algo que você mesmo faz; ou fingir ser algo que você não é.

Esta realidade da hipocrisia cristã é exposta na música "Cry for the Moon" da banda holandesa EPICA:

Não tente me convencer com mensagens de Deus
Vocês nos acusam dos pecados cometidos por vocês mesmos
É fácil condenar sem se olhar no espelho
Atrás dos bastidores é que está a realidade


Philip Yancey disse em uma entrevista traduzida por este blog algo muito verdadeiro: “os cristãos ficam muito irados em relação a outros cristãos que pecam de forma diferente do que eles”.

Então - deixando todos os pontos abordados aqui e resumindo - minha crítica é:

Somos tão pecadores (ou mais, uma vez que escondemos os nossos) que a Leila, portanto, não temos autoridade para especular sobre sua salvação.

Podemos considerar seus atos como não condizentes com uma vida cristã? Sim, não apenas podemos como devemos.

Devemos tirar uma lição de vida à partir dos erros que ela cometeu? Sim, isto é válido.

Mas, podemos especular sobre a salvação da Leila? Não!

Podemos fazer chacota com a esperança que ela tinha de salvação? Não!

Podemos expor a Leila e seus erros na internet desrespeitando o luto da família? Não!

Esta é a minha opinião. E não vejo por que mais justificá-la caso você venha com o mesmo argumento "a Leila fez isto... a Leila era aquilo..., logo não estamos errados em julgar ou acusar". Se você quer defender a atitude de Danilo, você deve apresentar um argumento que justifique o direito de pessoas moralmente corruptas de expor publicamente outra pessoa moralmente corrupta, sem que isto caracterize hipocrisia. Pela definição de "hipocrisia", e pelo exemplo de Cristo, eu considero isto impossível. Mas, caso você tenha enxergado algo diferente do que eu ao ler os Evangelhos, favor me fale.

Em Cristo,

Eliel

JORGE PAULO BARBOSA 12 de dezembro de 2009 12:18  

DANIEL

Está errado Daniel ao afirmar que adventistas creêm que serão salvos por entenderem que devem observar os 10 mandamentos ou o sábado.

Por outro lado, quem transgride conscientemente normas e regras estipuladas por Deus, como é o caso da atriz citada no escopo deste debate, quebram e violam preceitos que protegeriam o homem de se afastar de Deus.

Concernente a salvação ou crença que ela tinha a este respeito, é certo que pelo seus frutos os conhecereis, porém o julgamento fica a cargo de Deus.

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